Após morte cerebral, família decide doar órgãos de adolescente arremessada de brinquedo
Caso também está repercutindo nos principais veículos de comunicação do país
Já repercute nacionalmente o caso da Isabela do Amaral Vieira, de 16 anos, que apresentou morte cerebral na manhã desta segunda-feira (03), depois de passar dias na UTI devido a um acidente em um parque de diversões em Ceres, a 142 km de Anápolis.
O falecimento da adolescente foi confirmado ao G1 pela irmã, Gabriela Amaral Vieira, que contou que a família está muito abalada com a situação.
“Ela se foi. Não tem nem o que falar. Estamos sem chão. Era a caçulinha de sete irmãos”, disse.
Apesar de tanto sofrimento, a família decidiu optar pelo gesto nobre de doar os órgãos de Isabella e o Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HUANA) já deu início aos procedimentos necessários para a captação.
Essa informação foi confirmada pela própria unidade em nota enviada à Folha de São Paulo, que também está acompanhando todos os desdobramentos do acidente.
O caso ocorreu no último dia 26 de agosto, quando ela foi arremessada de um brinquedo que não estava com a trava de segurança fechada corretamente.
Também se feriram as adolescentes, também de 16 anos, Thalia Aparecida Pires e Thatiely Carvalho Evangelista, que já receberam alta, e Mariane Oliveira Dias, que permanece internada no hospital Intervida, em Ceres.
Com a queda, Isabela teve de retirar um rim, parte do intestino, além de sofrer fraturas na coluna, no crânio e ter tido ainda um inchaço no cérebro. Apesar de todos os cuidados que recebeu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ela não reagiu ao tratamento.
Inicialmente o acidente foi registrado na Polícia Civil como lesão corporal culposa, mas, segundo a Folha, agora deverá mudar para homicídio culposo.