O motivo apresentado por homem que matou amante a capacetada em Anápolis

Esposa dele também foi presa em flagrante porque ficou com um objeto da vítima

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

O pós-prisão de Aparecido José da Silva, de 50 anos, traz novos detalhes do crime cometido por ele no dia 04 de outubro do ano passado e também sobre a real relação que mantinha com a vítima, Nilciene Aparecida da Silva, de 46 anos, então moradora do Jardim Arco Verde, bairro da região Sudeste de Anápolis.

Ambos mantinham um relacionamento extra-conjugal, já que Aparecido José é casado e não deixou de viver com a esposa.

No dia do crime ele teria ido com Nilciene, que era portadora de doença neurológica, para sacar o benefício dela no banco. Ela nunca mais seria vista e os móveis e eletrodomésticos da casa dela, além do dinheiro, seriam todos levados e vendidos por Aparecido José.

Quinze dias após o crime, a família registrou o desaparecimento. A equipe do 3º DP, do bairro Jundiaí, ficou responsável pela investigação. Desde o início, Aparecido José foi encarado como o principal suspeito pelo sumiço de Nilciene, mas a Polícia Civil teve dificuldade para encontrá-lo.

Nesta quarta-feira (02), em uma operação que teve início ainda na madrugada e só terminou após o meio dia, ele foi preso e revelou ter assassinado a vítima.

Questionado pelo delegado Carlos Antônio da Silveira do porquê de ter tirado a vida dela, Aparecido José disse que foi por causa de uma discussão. A raiva que ainda sente por Nilciene evidente quando ele disse que a “mataria de novo [se fosse necessário]”, o que estarreceu os investigadores que trabalham no caso.

Confessado o homicídio, os policiais exigiram que ele mostrasse onde estava o corpo e como consumou o homicídio.

Foi quando Aparecido José guiou o grupo até a zona rural de Abadiânia, onde enterrou Nilciene. A escavação foi feita em seguida e os restos mortais dela ainda estavam com a mesma roupa do dia do desaparecimento.

Segundo o próprio autor do crime, ela foi morta com golpes de capacete.

Esposa presa

Não foi apenas Aparecido José que acabou atrás das grades. A esposa dele, que não teve o nome revelado, também foi presa em flagrante por receptação. É que ela ficou com o tanquinho de Nilciene e estava com o eletrodoméstico escondido em casa.

Se condenada, a mulher pode pegar de um a quatro anos de cadeia mais multa. Já o marido deve ficar muito mais tempo encarcerado. Segundo a assessoria de imprensa local da Polícia Civil, ele vai responder na Justiça por homicídio, ocultação de cadáver e posse ilegal de arma de fogo.

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