Ao O Popular, Roberto explica porque é difícil expulsar a Saneago de Anápolis
"Essa era uma opção viável no passado", disse o prefeito sobre entregar o serviço à iniciativa privada
O prefeito Roberto Naves (PP) esteve em Goiânia no início da tarde desta segunda-feira (09) para conceder entrevista ao vivo para O Popular.
Ao jornal, o mandatário confirmou que disputará a reeleição com o apoio do governador Ronaldo Caiado (DEM). A aproximação política entre eles é inédita, visto que ambos estiveram em lados opostos nas disputas de 2018 (Roberto, ainda no PTB, apoio Jose Eliton ao Governo de Goiás) e 2016 (quando Caiado bancou a candidatura do cunhado Pedro Canedo à Prefeitura de Anápolis).
‘O governador tem um carinho muito grande pela cidade’, afirmou o prefeito.
Em dado momento, Roberto foi questionado sobre a permanência da Saneago em Anápolis. A estatal goiana enfrenta resistências por parte da população devido aos problemas de abastecimento e manutenção da rede na cidade.
Na campanha em que saiu vitorisoso sobre João Gomes, ex-PT, Roberto propôs expulsar a Saneago de Anápolis e entregar a concessão do serviço à iniciativa privada. A missão, reconheceu o prefeito, se mostrou muito difícil de se executar.
“Essa era uma opção viável no passado. Hoje nós temos um problema grave acontecendo no nosso país: as grandes empresas, em sua grande maioria, estão envolvidas em escândalos de corrupção, sem crédito no mercado e com baixa capacidade de investimento. Isso dificulta muito ofertar o sistema de água da cidade de Anápolis para a iniciativa privada. Poucas empresas teriam condições de operar [o serviço] e isso nos forçou a abrir um diálogo com a Saneago”, justificou.
“Mas é um diálogo onde não tem nada fechado, nada concretizado. Vamos exigir que a Saneago dê o valor que Anápolis merece. Nos últimos anos, a Saneago tomou dinheiro de Anápolis e não fez os investimentos que deveria fazer”, emendou.
Os investimentos que a Saneago, ou qualquer outra empresa, teria de fazer em Anápolis para não faltar mais água na cidade, segundo Roberto Naves, beiram os R$ 500 milhões.