Com mais de 50 anos de carreira, famoso sanfoneiro terá show solidário em Anápolis

Ele já se apresentou ao lado de vários artistas de renome nacional como Bruno e Marrone, Roberto Carlos e Milionário e José Rico

Da Redação Da Redação -
José Américo era autodidata. Sua paixão pela música, especialmente pela sanfona, surgiu quando ele tinha apenas quatro anos. (Foto: Arquivo Pessoal)
José Américo era autodidata. Sua paixão pela música, especialmente pela sanfona, surgiu quando ele tinha apenas quatro anos. (Foto: Arquivo Pessoal)

O consagrado sanfoneiro José Américo se apresenta em 17 de dezembro, a partir das 19 h, no estande do Gran Life Medical Complex, no Setor Central, em Anápolis.

O artista será acompanhado pela Orquestra Conviver, que contará com instrumentos e vozes de 35 crianças e adolescentes da comunidade Arco Verde, em uma verdadeira viagem pelos mais diversos estilos musicais.

Promovido pelo Grupo Gran Life com apoio da Associação Médica de Anápolis (AMA), o show exclusivo é gratuito para 200 convidados. Cada participante contribuirá com a doação de dois kg de alimentos não perecíveis, que serão revertidos para instituições filantrópicas da cidade.

Durante o show, José Américo viajará por diversos estilos musicais como música popular brasileira, baião, forró, tango, bossa nova e canções natalinas, ritmadas pela sanfona acompanhada por instrumentos clássicos e populares conduzidos por crianças e adolescentes de 09 a 17 anos da Orquestra Conviver.

Pela segunda vez, ele será acompanhado pelos jovens, que fazem parte de projeto social realizado no Bairro Arco Verde, fundado e dirigido pelo maestro anapolino Wellington José da Silva. O projeto foi iniciado em 2010 e tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento educacional e social dos beneficiários.

“Oferecemos uma opção que tira os jovens das ruas, estimulando a continuidade do estudo formal, da cidadania e do bom relacionamento com a família”, afirma o maestro.

Autodidata, aos 71 anos, José Américo tem muitas histórias para contar sobre sua trajetória musical, que começou na infância. A paixão pela música e, em especial, pela sanfona surgiu quando ele tinha apenas quatro anos por um gosto muito pessoal, pois é o único da família que toca o instrumento.

Ele conta que costuma criar sua própria sanfona imaginária com pedaços de madeira e desenhava o botões com carvão. Com o brinquedo ele sonhava e imitava ritmos famosos à época como os do ídolo Luiz Gonzaga.

“Eu morava em São Domingos, cidade do interior goiano, na divisa com a Bahia, e um dia um tio que morava em Goiânia me viu tocar em minha sanfona imaginária. Na próxima visita ele levou de presente a minha primeira sanfona. E no mesmo dia eu estava tocando Asa Branca sozinho”, lembra ele.

Com o talento nato e a paixão pelo instrumento, no início de sua juventude, em 1965, decidiu estudar música, pois queria ampliar seus conhecimentos. No primeiro dia de aula, segundo ele, o professor chamado de Zé Rebeca percebeu que ele era autodidata e  propôs de imediato a criação de uma banda. Aí nasceu seu primeiro grupo, o ZR5 (abreviação de Zé Rebeca e cinco rapazes).

A banda se tornou conhecida, realizou shows em diversos estados brasileiros no período de 1966 a 1982, como em como Brasília, São Paulo, Minas Gerais e Tocantins, além de terem  gravado participações como instrumentistas em álbuns de diversos artistas.

De acordo com José Américo, a época da Jovem Guarda foi uma das mais intensas em sua carreira, tendo tocado com grandes celebridades como Agnaldo Timóteo, Jerry Adriani e Roberto Carlos. Mais recentemente ele também se apresentou com muitas famosos como Bruno e Marrone, Leonardo, Milionário e José Rico e Marcelo Barra.

Apesar da longa jornada, a agenda de shows continua. Para 2020 o músico já tem show previsto com Geraldo Azevedo, por exemplo. E José Américo nem pensa em parar.

“A música me traz vida. É o meu aconchego, nasci com ela no sangue e sem ela não vivo”, declara.

O artista que também é pianista e tecladista, confessa que a sanfona é seu instrumento predileto, por conta do amor pessoal pelo instrumento e pelo desejo do público em ouvi-la.

“A sanfona é um gosto pessoal, ela me encanta porque guardo na minha mente a lembrança de grandes sanfoneiros como Dominguinhos, Oswaldinho, Caçulinha, que marcaram gerações e deixaram um lindo legado cultural para o povo brasileiro”, destaca.

Participação especial

O repertório contará também com participações especiais de cantores. Um deles será o presidente da AMA e médico ortopedista, Carlos Salvador. Ele cantará uma música ao lado de Américo no encerramento do show.

“Este é um momento de celebração e de solidariedade, que está alinhado ao propósito social da Associação Médica. Acreditamos que será uma noite engrandecedora para a nossa cultura e para as crianças da orquestra”, disse.

O empresário Cleberson Marques, sócio do Grupo Gran Life, que sediará o show, também relata sua alegria em realizar esse evento solidário.

“É uma honra para nós abrir a casa para um talento tão reconhecido em Anápolis com José Américo e ainda mais com a oportunidade de incentivarmos este projeto tão nobre que é a Orquestra Conviver”, ressalta.

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