Adolescente decapitada em Anápolis queria voltar a estudar, trabalhar e mudar de vida

Mutilado, corpo dela foi encontrado pela CPE -- que recebeu vídeo com os detalhes finais da execução

Da Redação Da Redação -

Em caixão fechado, ocorreu nesta quarta-feira (11) em Paraúna, no Sudoeste goiano, o velório e sepultamento de Noemi Figueira de Moraes.

O corpo da adolescente, de apenas 17 anos, foi encontrado na última segunda-feira (09) em uma mata na região Nordeste de Anápolis.

Três jovens confessaram o assassinato, descoberto após a Companhia de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar (PM) receber anonimamente um vídeo que registra os detalhes finais da execução.

As imagens mostram o trio matando a vítima com um facão e segurando a cabeça fora do corpo em direção à câmera. Além de ser decapitada, ela teve o cabelo raspado, a língua e os dedos médio e anelar da mão direita cortados.

Questionados do porquê de tanta violência, os três jovens justificaram às autoridades que fazem parte da Amigos do Estado (ADE), facção goiana aliada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Eles, que estão presos no Centro de Inserção Social Monsenhor Luiz Ilc, disseram ainda que a ADE é rival do Comando Vermelho, grupo do qual Noemi seria associada.

O Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) da Polícia Civil (PC) ainda está apurando o caso e deve concluir o inquérito nos próximos dez dias para remetê-lo ao Poder Judiciário.

Mistério

Em entrevista ao Mais Goiás, a irmã mais velha de Noemi, que pediu para não ser identificada, disse que a adolescente deixou a residência que morava com ela em Paraúna em busca de liberdade.

Afirmou ainda que as duas se desentenderam após Noemi se envolver homens errados e começar a usar drogas. “Foi um período difícil”, declarou.

A irmã da adolescente também contou, que antes de Paraúna, ela também havia deixado a casa da família em Brasília. O último contato das duas ocorreu há um mês.

Na última semana, dias antes de ser morta, Noemi teria feito contato com um amigo em Paraúna para pedir o dinheiro da passagem. Queria voltar para Paraúna, estudar, arrumar um emprego e mudar de vida.

Esse amigo, no entanto, não conseguiu ajudá-la a tempo. Os familiares de Noemi não sabem como ela veio parar em Anápolis. Eles ainda serão ouvidos pelo GIH.

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