Especialista traz dicas para driblar as dores físicas intensificadas durante o isolamento social
"O nosso corpo é uma "máquina" feita para o movimento", afirma a fisioterapeuta
O isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus provocou uma mudança severa na rotina das pessoas. Sem poder sair de casa para realizar as atividades diárias, o brasileiro tem enfrentado alterações emocionais e físicas. De acordo com a coordenadora do curso de Fisioterapia da Anhanguera de Anápolis, Liana da Silva Gomes, observa-se o surgimento, com maior frequência, de dores musculares, articulares e até ósseas, que podem ser associadas a fatores, como: sedentarismo, postura inadequada no home office ou até mesmo em exercícios realizados de forma errada. “Podemos afirmar que o nosso corpo é uma “máquina” feita para o movimento e, quanto mais parado fica, mais propício estará ao surgimento de dores”, afirma.
Segundo a especialista, o movimento ajuda a melhorar a circulação sanguínea, reduz a pressão arterial, fortalece músculos e ossos, além de reduzir o estresse e a ansiedade. Outra questão importante é a postura correta para as atividades. O home office surgiu como alternativa de trabalho para a maioria das pessoas, mas, alguns não possuem local específico para o trabalho e acabam trabalhando com a postura inadequada. Atividades domésticas também podem ser um problema. “Para realizar a limpeza da casa, por exemplo, é necessário manter uma postura adequada e realizar períodos de pausas. Se a pessoa já possuía alguma dor ou problema físico antes deste período, as dores podem ser intensificadas”, explica.
Há também aqueles que não estavam acostumados a fazer atividades físicas e, durante o isolamento social, iniciaram de forma intensa. O resultado são lesões indesejadas. “Os exercícios devem ser realizados de forma orientada e gradual. Há diversas opções para auxiliar as dores físicas, como: exercícios de alongamento, fortalecimento e respiratórios. O fisioterapeuta pode prescrever atividades físicas adequadas para cada indivíduo, além de orientar sobre a postura correta para a realização de cada tarefa”, afirma Liana.
O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), por meio da Resolução nº 516, de 20 de março de 2020, permite o atendimento de fisioterapia não presencial por meio de telemedicina. O COFFITO informa ainda que o fisioterapeuta tem autonomia para identificar quais pacientes podem ser atendidos ou acompanhados à distância. Portanto, o profissional da saúde é indispensável para auxiliar na identificação dos sintomas de dor física relacionados ao isolamento social e a melhor forma para o tratamento.