Baile da poderosa: os bastidores da festa clandestina desmantelada pela PM em Anápolis

Portal 6 teve acesso a áudios e vídeos trocados pelos participantes, que ultrapassaram 300

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Intitulada como “Baile da Poderosa”, a festa clandestina realizada em uma chácara na zona rural de Anápolis na madrugada deste sábado (11) foi toda combinada por redes sociais.

As orientações sobre o evento, incluindo valor de ingressos e localização, foram enviadas por meio de um grupo de WhatsApp, que chegou ao limite de 256 pessoas.

A reportagem do Portal 6 teve acesso acesso ao conteúdo disparado aos convidados, que aproveitaram não só para combinar a festa, mas também trocar informações com aqueles que estavam à caminho e encontraram viaturas da Polícia Militar.

“Desliga o som, desliga som, tem um monte de policia indo aí, está tudo aqui na rua, abaixa aí, abaixa aí [sic]”, disse um rapaz por meio de áudio.

“Mano, a tropa de barca [viaturas] que vi na Base Aérea agora vocês não estão entendendo não. Acham que tem perigo de ir para chácara lá? Tinha cinco lá parada com tudo desligado, no sentido da chácara, e estavam vindo mais cinco”, afirmou outro.

Neste mesmo grupo, alguns jovens chegaram a enviar pequenos vídeos em que é possível ver uma grande aglomeração de pessoas.

Fim da festa

Através do prefeito Roberto Naves (PP), que recebeu a denúncia por celular, policiais do 28º BPM e Companhia de Policiamento Especializado (CPE) montaram uma operação para impedir a festa.

Quando as equipes chegaram no local, encontraram nove carros de som automotivos tocando ‘funk proibidão’ para cerca de 300 pessoas levadas por 50 veículos de passeio.

Os convidados, porém, já estavam alterados e xingaram os agentes com vários palavrões. Foi necessário uso de produtos químicos para dispersar o público.

Por conta da distância da chácara, não foi possível apreender nenhum veículo e os próprios participantes da festa quebraram os fracos de drogas, como lança-perfume, para que não fossem recolhidos.

A festança, como apurou a reportagem, não era de graça. Homens pagaram R$ 20, mas para mulheres convidadas a entrada era “free”.

Dois TCO’s (Termo Circunstanciado de Ocorrência) foram lavrados contra os proprietários da festa, de 22 e 24 anos, que posteriormente serão autuados com multa de R$ 3 mil pela Postura Municipal e Vigilância Sanitária.

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