Em plano cruel, mães abandonam filhos amarrados debaixo do sol quente
Viaturas da Polícia Militar de Porto Alegre precisaram se deslocar até a Praia de Cidreira, localizada a 100 km da capital, para resgatar duas crianças em uma situação desumana.
Quando os agentes chegaram, viram que os menores estavam amarrados com cordas em cadeiras de praia. Não havia nenhum responsável por perto e as mães haviam saído para passear.
Foram alguns banhistas que passavam pelo local que perceberam que algo estava errado, já que a garotinha, de sete anos, chorava copiosamente e o menino, de oito anos, demonstrava estar completamente desesperado.
A situação demorou a ser descoberta pelos populares porque as genitoras, antes de sair, cobriram as crianças com toalhas. Os filhos ficaram abandonados e presos, debaixo do sol quente, por mais de uma hora.
Somente após muita espera dos policiais é que chegou, primeiro, a mãe do garoto. Ela afirmou que o prendeu na cadeira apenas por alguns instantes, para dar um mergulho rápido.
Em seguida, chegou a responsável pela menina, que confessou ter amarrado a filha para ir ao Centro da cidade fazer compras.
Em entrevista à RecordTv, o tenente Jackson Silveira contou que as cordas usadas pelas mulheres para amarrar as crianças eram semelhantes e tão resistentes quanto as de varais de roupas.
Com isso, ficou constatado que toda a ação foi premeditada, uma vez que o material é difícil de se achar para comprar.
O tenente contou ainda que os pequenos estavam amarrados pelos pulsos e na cintura, sem a possibilidade de soltarem sozinhos, se movimentarem e nem tomarem água.
As mães foram presas em flagrante por maus-tratos, enquanto as crianças estão sob a responsabilidade do Conselho Tutelar.