Governo começa a pagar o Auxílio Emergencial em 6 de abril; veja calendário e valores
Anúncio foi feito nesta quarta-feira (31) pelo ministro Paulo Guedes e o presidente da Caixa Econômica Federal
Daniel Carvalho e Fábio Pupo, do DF – A nova rodada do auxílio emergencial começará a ser paga na terça-feira (6), anunciou o governo na manhã desta quarta-feira (31).
Serão quatro parcelas de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375. A partir de quinta-feira (1º), o beneficiário poderá verificar se foi aprovado no site da Dataprev.
O ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães; auxílio emergencial começa a ser pago na terça-feira (6) – Edu Andrade -25.mar.2021/Divulgação Ministério da Economia.
O novo calendário de pagamentos foi publicado pelo governo em edição extra do “Diário Oficial da União” e vai seguir as datas de nascimento dos beneficiados.
Os primeiros a receber, em 6 de abril, serão os nascidos em janeiro. Os aniversariantes de fevereiro terão de aguardar o dia 9 de abril; os de março, 11 de abril; os de abril, 13 de abril; os de maio, 15 de abril; os de junho, 18 de abril; os de julho, 20 de abril; os de agosto, 22 de abril; os de setembro, 25 de abril; os de outubro, 27 de abril; ou de novembro, 29 de abril; e os de dezembro, 30 de abril.
O escalonamento será adotado também nos meses seguintes. Somente algumas semanas após o depósito os recursos serão liberados para saque por parte do beneficiário.
A segunda parcela vai começar a ser paga em 16 de maio para os aniversariantes de janeiro. Os de fevereiro vão receber em 19 de maio; os de março, em 23 de maio; os de abril, em 26 de maio; os de maio, em 28 de maio; os de junho, em 30 de maio; os de julho, em 2 de junho; os de agosto, em 6 de junho; os de setembro, em 9 de junho; os de outubro, em 11 de junho; os de novembro, em 13 de junho; e os de dezembro, em 8 de junho.
A terceira parcela será recebida pelos aniversariantes de janeiro em 20 de junho. Os de fevereiro vão receber em 23 de junho; os de março, em 25 de junho; os de abril, em 27 de junho; os de maio, em 30 de junho; os de junho, em 4 de julho; os de julho, em 6 de julho; os de agosto, em 9 de julho; os de setembro, em 11 de julho; os de outubro, em 14 de julho; os de novembro, em 18 de julho; os de dezembro, em 21 de julho.
A quarta parcela será recebida pelos aniversariantes de janeiro em 23 de julho. Os de fevereiro receberão em 25 de julho; os de março, em 28 de julho; os de abril, em 1º de agosto; os de maio, em 3 de agosto; os de junho, em 5 de agosto; os de julho, em 8 de agosto; os de agosto, em 11 de agosto; os de setembro, em 15 de agosto; os de outubro, em 18 de agosto; os de novembro, em 20 de agosto; os de dezembro, em 22 de agosto.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta que o programa representa mais dívida para os cofres públicos e defendeu o retorno da população ao trabalho.
“É mais um endividamento da União. Isso não é dinheiro que estava no cofre. Isso pesa para todos nós. É uma conta que fica para nós e talvez para gerações futuras também”, afirmou Bolsonaro nesta quarta, sem usar máscara.
“Tínhamos e temos dois inimigos, o vírus e o desemprego. É uma realidade. Não é ficando em casa que vamos solucionar este problema”, afirmou.
Bolsonaro disse que o governo não pode continuar pagando auxílios porque “custa para toda a população e pode desequilibrar nossa economia”.
“O apelo que a gente faz aqui é que esta política de lockdown seja revista. Isso cabe, na ponta da linha, aos governadores e aos prefeitos. Porque só assim podemos voltar à normalidade”, afirmou. “O Brasil tem que voltar a trabalhar.”
Em nova crítica a prefeitos e governadores, o presidente voltou a comparar medidas restritivas ao estado de sítio, o que é equivocado.
“Queremos voltar à normalidade o mais rápido possível”, disse o presidente, que também tornou a falar em medo de “problemas sociais gravíssimos no Brasil”.
“Se a pobreza continuar avançando, não sei onde poderemos parar.”
A liberação da assistência foi autorizada em MP (medida provisória). Posteriormente, um decreto regulamentou o programa, trazendo conceitos, detalhes e critérios para os pagamentos.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que os pagamentos seguirão o mesmo racional do ano passado (com depósitos primeiro nas contas digitais e, depois de algumas semanas, a liberação para o saque) para evitar aglomerações nas agências.
“Faremos o mesmo racional, exatamente para minimizar as aglomerações. Faremos primeiro os depósitos nas contas digitais, [que] todos já têm. Não há necessidade de abrir novamente essas contas. Isso é muito importante para acelerar os pagamentos”, disse Guimarães.
“Depois de algumas semanas, será possibilitado o saque. Qual a nossa expectativa? Que mais da metade das pessoas já realize o gasto, com pagamento de contas, digitalmente”, afirmou o executivo.
Ele lembrou que boa parte da população que recebe o auxílio foi bancarizada por meio do processo, obtendo uma inserção digital. A Caixa é o banco responsável pelos pagamentos do auxílio.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que os pagamentos seguirão o mesmo racional do ano passado, com depósitos primeiro nas contas digitais e, depois de algumas semanas, a liberação para o saque. Segundo ele, o modelo evita aglomerações nas agências.
“Faremos o mesmo racional, exatamente para minimizar as aglomerações. Faremos primeiro os depósitos nas contas digitais, [que] todos já têm. Não há necessidade de abrir novamente essas contas. Isso é muito importante para acelerar os pagamentos”, disse Guimarães.
“”Depois de algumas semanas, será possibilitado o saque. Qual a nossa expectativa? Que mais da metade das pessoas já realize o gasto, com pagamento de contas, digitalmente”, afirmou o executivo.
Ele lembrou que boa parte da população que recebe o auxílio foi bancarizada por meio do processo, obtendo uma inserção digital. A Caixa é o banco responsável pelos pagamentos do auxílio.
Os valores serão em grande parte menores do que no ano passado, quando foram pagas cinco parcelas de R$ 600 e outras quatro de R$ 300. O pagamento fez disparar a popularidade de Bolsonaro, que se refere ao benefício como “o maior programa social do mundo”.
Desta vez, cada parcela terá valor padrão de R$ 250. Pessoas que vivem sozinhas receberão R$ 150 por mês.
Para mulheres chefes de família, o valor será de R$ 375 -50% mais alto do que o benefício básico. Nesse caso, o decreto define que o valor será pago a grupos familiares comandados por mulheres sem cônjuge, com no mínimo uma pessoa menor de 18 anos.
Na nova rodada, será permitido que apenas uma pessoa por família receba o benefício. Em 2020, o governo autorizou o pagamento para até duas pessoas por lar.
Para atender a esse critério, o decreto estabelece que haverá a seguinte ordem de preferência: primeiro a mulher chefe de família, seguida da pessoa mais velha. Se houver empate, a definição será feita pela ordem alfabética dos nomes.
O pagamento do auxílio será feito em quatro parcelas. A MP definiu que a assistência poderá ser prorrogada, desde que haja margem orçamentária.
Para a rodada que começa a ser paga em abril, foi estabelecido um limite de gasto de R$ 44 bilhões. A expectativa é que 45,6 milhões de famílias sejam atendidas.
Do total liberado, R$ 23,4 bilhões serão destinados a 28,6 milhões de informais já inscritos nas plataformas da Caixa. Outros R$ 12,7 bilhões ficarão com 10,7 milhões de beneficiários do Bolsa Família. Por fim, R$ 6,5 bilhões serão pagos a 6,3 milhões de integrantes do cadastro único de programas sociais do governo.
Entenda as regras do novo auxílio emergencial
Número de parcelas Serão liberados quatro pagamentos.
Os repasses estão previstos para começar em abril e terminar em julho
Valor
As parcelas variam de acordo com a formação familiar.
O valor padrão é de R$ 250.
Para mulheres chefes de família, o valor será de R$ 375.
Pessoas que vivem sozinhas receberão R$ 150 por mês
Beneficiários
Governo estima que o benefício será pago a 45,6 milhões de famílias. São 28,6 milhões de pessoas que se cadastraram nas plataformas da Caixa, 10,7 milhões do programa Bolsa Família e 6,3 milhões do cadastro único de programas sociais
Quem pode receber
Trabalhadores informais com renda de até meio salário mínimo (R$ 550) por pessoa e renda familiar total de até três salários mínimos (R$ 3.300). Também é necessário cumprir critério de rendimento tributável máximo de R$ 28.559,70 em 2019 e de patrimônio máximo de R$ 300 mil
Quem não pode receber
Pessoas que recebem benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista, exceto Bolsa Família e abono salarial
Residentes médicos ou de outras áreas, beneficiários de bolsas de estudo e estagiários
Menores de 18 anos, exceto mães adolescentes
Presos em regime fechado
Pessoas residentes no exterior
Beneficiários do auxílio que não movimentaram valores da assistência em 2020 em sua conta digital Caixa ou que tiveram a assistência do ano passado cancelada
Como conseguir o auxílio
Para selecionar as pessoas que se enquadram no programa, o governo vai usar a base de dados dos auxílios pagos em 2020. As parcelas serão pagas independentemente de requerimento
Limite por família
Programa permitirá que apenas uma pessoa por família receba o benefício. Em 2020, governo autorizou o pagamento para até duas pessoas por lar
Datas de pagamento
Beneficiários do Bolsa Família receberão conforme o calendário habitual do programa. Em abril, os pagamentos para essas pessoas serão iniciados no dia 16. O governo ainda não apresentou o calendário para os outros beneficiários
Custo do programa
O limite de gasto com a nova rodada da assistência é de R$ 44 bilhões. Nas MPs, porém, o governo anunciou a liberação de R$ 43 bilhões, incluindo despesas operacionais. Em 2020, o auxílio consumiu quase de R$ 300 bilhões
Prorrogação
A MP estabelece que o período de quatro meses do auxílio poderá ser prorrogado por ato do governo, sem necessidade de nova avaliação do Congresso. No entanto, para fazer isso, o governo teria que encontrar nova margem no Orçamento