Perigosa e altamente letal, variante indiana do novo coronavírus já pode ter chegado ao Brasil

Informação foi dada em entrevista coletiva pelo secretário de Saúde do Governo de São Paulo

Folhapress Folhapress -
Perigosa e altamente letal, variante indiana do novo coronavírus já pode ter chegado ao Brasil
(Foto: Reprodução)

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo deu início a dois estudos para detectar novas variantes do coronavírus na capital paulista, especialmente as de origem indiana. As pesquisas estão sendo realizadas em parceria com o Instituto Butantan e com o IMT (Instituto de Medicina Tropical) da USP e devem ter os primeiros resultados divulgados em 20 dias.

“O estudo detecta o sequenciamento genético de todas elas [as variantes], mas sobretudo, a preocupação é identificarmos a presença da variante indiana na cidade. Estamos nos antecipando para, caso isso aconteça, medidas sanitárias sejam adotadas”, afirma o secretário da Saúde, Edson Aparecido.

A informação foi dada em entrevista coletiva no Centro Empresarial de São Paulo, zona sul, onde teve início a vacinação de motoristas e cobradores de transporte público. Também presente no evento, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que ainda não há registro da nova variante na cidade. “Esse trabalho da vigilância genética é para se antecipar.”

Por causa das variantes das linhagens B.1.617.1 e B.1.617.2, o governo brasileiro suspendeu desde o dia 14 a chegada de voos originários da Índia, Reino Unido, África do Sul e Irlanda do Norte. Um navio com tripulação indiana está em quarentena no Maranhão e é monitorado pela Vigilância Sanitária devido à presença de três casos.

Segundo a Secretaria da Saúde, o estudo com o Butantan foi iniciado há três semanas. Parte das amostras de testes RT-PCR positivos de todas as regiões da cidade são encaminhados para avaliação. O estudo com o IMT tem início esta semana.

“A cidade de São Paulo está estudando e se preparando para o caso de essa nova variante vir a circular na cidade”, afirma Aparecido. Entre as medidas, ele aponta o aumento de leitos de enfermaria e UTI, instalação de usinas de oxigênio e autorização para que as OSSs (Organizações Sociais de Saúde), que gerenciam unidades na capital, importem kit de intubação.

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