Novos detalhes mostram como Isabella Freire conseguiu enganar ex-namorado do início ao fim

Jovem engenheiro desejou ter a criança, mas também pensou em dá-la para adoção

Rafaella Soares Rafaella Soares -
Matheus Oliveira, na sede da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil. (Foto: Denilson Boaventura/ Portal 6)
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No depoimento que prestou à Polícia Civil sobre o caso Isabella Freire, que não está mais em segredo de Justiça, o então namorado dela, Matheus da Silva Oliveira, de 23 anos, contou os detalhes de como se envolveu com a jovem e como ela conseguiu esconder a gravidez.

A estudante é acusada de matar o próprio filho dias após dar à luz e ocultar o cadáver colocando fogo em um lote baldio, no Residencial Cerejeiras, em Anápolis, onde a criança foi deixada.

De acordo com o rapaz, que é engenheiro, os dois se conheceram na faculdade, há seis anos, e começaram a namorar em 2018. Todos da família tinham conhecimento do relacionamento e ele frequentava a residência dela normalmente.

Isabella teria descoberto a gravidez em setembro de 2020 e ligado para o companheiro para dar a notícia. Isso porque, após a formatura, ele precisou ir embora para Bahia, estado onde nasceu, para trabalhar com parentes.

Matheus alega ter vindo às pressas para Anápolis e se encontrado com a moça para buscarem uma maneira de contar sobre a situação para a mãe dela, uma vez que as duas tinham um relacionamento conturbado. Por fim, decidiram aguardar.

O engenheiro voltou para Bahia, oportunidade em que Isabella teria começado a cogitar um aborto. Ele afirma não ter concordado e prometido criar a criança. Pela insistência dela, pensou, no máximo, na possibilidade de entregar para adoção.

Um tempo depois, a namorada teria dito para ele que tentou sem sucesso fazer a interrupção da gravidez com medicamentos. Na época, ele recebeu uma proposta de emprego em Anápolis e voltou para a cidade.

Na ocasião, passou a acompanhá-la nas ultrassonografias e consultas. O bebê estava saudável, a gestação evoluía bem e novamente o jovem teria dito que queria contar para a própria família sobre o filho que estava chegando.

Matheus conta que foi nesta ocasião que Isabella disse que sentiu dores e por dois dias seguidos estaria expelindo coágulos. Desta vez, ela foi sozinha para fazer a ultrassom e, após o exame, disse que ele não seria mais pai porque havia perdido o bebê.

Sobre a barriga que continuava crescendo, a estudante teria dito inicialmente que demoraria um mês para expelir totalmente o feto. Depois afirmou que estava inchada por causa da curetagem. Em seguida, disse que talvez estivesse com alguma infecção.

No dia 03 de maio, três dias antes do parto, a jovem afirmou ao namorado que tinha se consultado com uma ginecologista e precisaria passar por uma nova curetagem porque a primeira teria sido feita de maneira errada. Teria sido a desculpa para se internar sozinha na Santa Casa.

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