O que é o passaporte da vacina e por que Anápolis ainda não adotou a medida

Para infectologista consultado pelo Portal 6 o melhor caminho continua sendo outro

Caio Henrique Caio Henrique -
(Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

Está ganhando força entre os municípios brasileiros a ideia de um “passaporte da vacina”.

A medida exigiria uma comprovação da tomada do imunizante para garantir a entrada em ambientes coletivos de grande porte, tais como shoppings, estádios e supermercados.

Conduzida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), uma pesquisa consultou 1.896 municípios brasileiros para aferir uma opinião sobre a adoção da proposta.

A sinalização positiva ocorreu em 1.046 prefeituras, ou seja, 55,2% da amostragem total.

Segundo a divulgação de resultados da CNM, 160 municípios do Centro-Oeste responderam à pesquisa.

Anápolis, entretanto, não figurou entre os participantes e tampouco foi contactada para oferecer um posicionamento no levantamento.

Ao menos é o que alegou a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) em resposta ao Portal 6 na tarde desta segunda-feira (23).

Especialista

A reportagem também entrou em contato com o médico infectologista Marcelo Daher, a fim de saber a pertinência de uma medida como essa.

Ele afirmou não acreditar em um impacto positivo proveniente do tal passaporte e que uma aposta em conscientização traria mais frutos para a sociedade.

“Não acho que essa medida seja efetiva, pois, com a circulação da variante delta, sabemos que os vacinados se infectam e transmitem a doença”, explicou o especialista.

“Temos que conscientizar a população, mais que proibir. A conscientização sobre uso de máscaras, distanciamento físico e higienização das mãos ainda são as medidas mais eficientes, associadas à vacinação”, concluiu.

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