Alzheimer: novo estudo abre uma pequena janela de esperança para cura

Pesquisadores usam uma molécula pouco explorada sobre a doença e os resultados já encontrados são otimistas

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
(Foto: Reprodução)

O Alzheimer é uma doença que por décadas foi explorada, mas nunca encontrou-se solução. Entretanto, estudos recentes mostraram que um projeto de drogas contra esse mal resulta em tímidas esperanças de tratamento e cura.

A pesquisa está sendo realizada pela empresa AC Immune juntamente com a gigante farmacêutica suíça Roche. Basicamente, ambos os grupos de estudos anunciaram resultados bons ​​no final de agosto. Mas os testes continuam para determinar a eficácia do medicamento. Os resultados ainda não estão publicados e revisados ​​de forma independente.

Para você entender bem, o que torna essa pesquisa interessante é o fato da molécula que usada, o semorinemab, tem sido pouco explorada à procura de um tratamento anti-Alzheimer.

Em resumo, esse anticorpo monoclonal destrói as placas formadas por algumas proteínas, conhecidas como beta-amilóides, no cérebro dos pacientes. Assim, comprime os neurônios, que são um dos principais fatores da doença de Alzheimer.

Nos últimos anos, há outra direção que os laboratórios estão explorando: o comportamento anormal de outra categoria de proteínas, a chamada tau, também presente nos neurônios. Em resumo, em pacientes com Alzheimer, essas proteínas estão concentradas em aglomerados e, eventualmente, causam a morte da célula.

É esse aspecto que interessa à AC Immune e à Roche. Trata-se de criar um anticorpo sintético que reconheça esses aglomerados para destruí-los.

Cura para Alzheimer: novo estudo abre uma pequena janela de esperança

Neurônio. (Foto: Reprodução/Super Interessante)

Resultados preliminares contra o ALzheimer

Para entendermos bem, este tratamento foi feito por cerca de um ano a pacientes em um estágio relativamente avançado da doença.

Segundo os dois laboratórios, a melhora nas habilidades cognitivas, avaliadas no teste, aumentaram, em comparação com aqueles que não receberam o tratamento.

É a primeira vez que aparece um resultado positivo para um projeto de tratamento contra a proteína tau. Após uma série de falhas, incluindo outro projeto da Biogen este ano.

Entretanto, para confirmar o impacto do tratamento, será necessário passar para a próxima fase, potencialmente com milhares de pacientes.

Assim, a ciência está caminhando para uma solução contra o mal de Alzheimer, mas por meio de cada passo de uma vez, eles buscam chegar no final do caminho. Quem sabe agora surgirá um medicamento preventivo ou retardante. Vamos aguardar esperançosos.

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