Família acusa professora de agredir criança e trancá-la em banheiro em SP

Mãe disse que seu filho chegou triste em casa, mas, questionado, se negou a falar o que tinha acontecido

Folhapress Folhapress -
63° DP, Vila Jacuí (Foto: Captura/ Google Maps)

Paulo Eduardo Dias, de SP – Familiares de uma criança de 5 anos procuraram a Polícia Civil para denunciar uma suposta agressão sofrida pelo menino em uma escola da rede municipal de São Paulo.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 63° DP (Vila Jacuí), o fato teria ocorrido na tarde de quinta-feira (23), dentro de uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) no Conjunto Residencial José Bonifácio (zona leste da capital paulista). A Secretaria Municipal de Educação informou que acompanha o caso e que instaurou um processo de apuração. A funcionária suspeita pela agressão foi afastada, segundo a pasta.

Segundo a mãe da criança, uma autônoma de 25 anos, o menino não apresentou ferimentos ou hematomas. Mas por demonstrar novas atitudes após o episódio, ele vai passar por sessões com uma psicóloga a partir desta quinta-feira (30).

De acordo com ela, naquele dia, seu filho chegou triste em casa, mas, questionado, se negou a falar o que tinha acontecido. Já durante à noite, quando tomava banho, ele teria dito que “a professora bateu na minha mão, bateu na minha bunda e bateu no meu braço”. Em seguida, segundo o garoto, a docente o teria trancado no banheiro.

A mãe diz ter perguntado ao filho se ele havia feito algo na escola, no que menino negou ter feito alguma coisa para ser repreendido. O menino também narrou para a mãe que “ficou gritando e ninguém escutava”. A criança alegou que a professora teria dito que o banheiro era uma “jaula”.

A mãe e outros familiares compareceram à escola no dia seguinte, mas quem os atendeu teria dito que não poderia fornecer a identidade dos funcionários. Neste momento, ela diz que o filho apontou para um grupo que estava saindo da escola dizendo que a mulher que estava ali teria feito a agressão.

Nesse momento, nas palavras da mãe, a professora teria corrido até o carro na tentativa de deixar o local. Ela também negou ter batido na criança. Durante a confusão, a professora teria prendido o braço da mãe da autônoma e avó da criança no carro.

A professora chegou a ir à delegacia, mas para elaborar um boletim de ocorrência contra os familiares do menino, segundo a mãe da criança.

Ainda segundo a mulher, foi a primeira vez que seu filho ficou na sala daquela professora. A responsável pelos cuidados do menino diariamente teria se ausentado naquele dia após não se sentir bem. A mãe da criança informou que ele frequentava a escola há apenas dois meses, após ficar em casa por causa da quarentena.

Por meio de nota, a SME (Secretaria Municipal de Educação) informou que, ao tomar conhecimento do caso, instaurou um processo de apuração preliminar. “A profissional responsável foi preventivamente afastada e a DRE (Diretoria Regional de Educação) acompanha o caso. A DRE está à disposição da família para quaisquer esclarecimentos.”

Procurada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que o caso é investigado pelo 103° DP (Itaquera/Cohab 2). “Todo trabalho de polícia judiciária é realizado para esclarecer as circunstâncias dos fatos. A autoridade policial vai realizar nos próximos dias a oitiva da mãe da criança para coletar mais informações sobre o ocorrido”, diz em nota.

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