Pesquisa mostra que de cada 100 goianos, 24 vivem com até R$ 450 por mês

Valor não paga nem uma cesta básica e Defensoria Pública consta aumento no número de furto de comida

Caio Henrique Caio Henrique -
(Foto: Rubens Cavallari/Folhapress)

Um novo fenômeno social e criminal está crescendo Brasil afora e Goiás é um dos destaques da estatística.

Se trata do furto famélico – infração cometida com a finalidade de se alimentar, durante uma busca desesperada pela sobrevivência.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado neste mês pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), já havia pavimentado o caminho para a discussão da problemática.

Na ocasião, foi constatado que, de cada 100 goianos, 24 vivem com até R$ 450 por mês.

Isso fez com que Goiás se tornasse o quinto estado brasileiro onde a pobreza mais cresceu entre novembro de 2019 e janeiro de 2021.

A realidade é preocupante por si só, mas fica ainda pior quando se analisa a atual crise econômica, que anda em disparada.

Para fins de comparação, o montante desta parcela da população goiana não garante sequer uma cesta básica, que, durante este mês de outubro, está custando quase R$ 550.

Como último recurso, muitas famílias recorreram ao furto para tentar se alimentar.

A prova disso está nos dados da DPE-GO, que identificou um percentual de 20% de ocorrências do tipo dentro da totalidade das audiências de custódia conduzidas.

Os casos mais comuns são referentes aos furtos de carnes.

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