Bolsonaro diz que acerto com PL é de nenhuma aliança com partido de esquerda
Definição da chapa, porém, depende ainda de uma resposta do ministro, que resiste a enfrentar a empreitada.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (25), que acertou com Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, que o partido não fará coligação com partidos de esquerda nos estados.
A legenda, à qual o mandatário deve se filiar no próximo dia 30, como ele próprio confirmou na quarta-feira, já tinha acordo em estados do nordeste com legendas de esquerda, em especial com o PT.
“Foi acertado aqui [com Valdemar], não haverá qualquer coligação com partido de esquerda nos estados, isso está definitivamente acertado”, disse o presidente em entrevista à rádio Sociedade da Bahia.
O mandatário disse ainda que o discurso entre ele e Valdemar está “bastante afinado”.
A apresentadora havia questionado ao presidente como explicar as alianças de esquerda do PL aos seus eleitores conservadores.
O mandatário acertou sua ida para a sigla em reunião com o dirigente na terça-feira. A legenda já havia anunciado data (22 de novembro) anteriormente, quando Bolsonaro disse estar “99% fechado”, mas foi adiada por divergência no palanque dos estados, em especial no Nordeste e em São Paulo.
Valdemar articulou, na semana passada, uma carta branca dos diretórios estaduais para dar a ele a total prerrogativa de conduzir as negociações com Bolsonaro e rever, eventualmente, acordos já firmados.
A medida abriu caminho para retomar as conversas com o chefe do Executivo.
Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira também que a negociação em torno de São Paulo passou pela candidatura do ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) para o governo do estado.
“Foi discutido, sim, com Valdemar Costa Neto e com o próprio Tarcísio. Essa é uma possibilidade”, disse à rádio.
“Não temos nomes para todo o Brasil, mas buscaremos a melhor maneira possível de coligar nomes que interessem para os respectivos estados”.
Para filiar Bolsonaro, Valdemar deixou costuras da eleição paulista nas mãos do mandatário e aceitou lançar Tarcísio.
A definição da chapa, porém, depende ainda de uma resposta do ministro, que resiste a enfrentar a empreitada.
A expectativa no entorno do presidente é que Tarcísio dê uma resposta até o dia 30, quando Bolsonaro se filiará ao PL.
A chapa dos sonhos de Bolsonaro tem Tarcísio para o governo do estado e Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, para o Senado.