Ataques de animais peçonhentos causam alerta em Anápolis; especialista explica como prevenir

Levantamento do Portal 6 mostra que, apenas neste ano, foram várias as pessoas que deram entradas no hospital após serem picadas

Caio Henrique Caio Henrique -
A jararaca liderou o número de casos de picada de animais peçonhentos em Anápolis. (Foto: Reprodução)

Espécies de cobras, escorpiões e aranhas são alguns exemplos de animais capazes de fazer um baita estrago na saúde humana.

Por vezes, nem mesmo por conta do ataque ou picada em si, mas pelo perigoso veneno que as investidas carregam por trás.

Essa habilidade de se defender através da liberação de substâncias tóxicas os classificam como animais peçonhentos.

De cara, é fácil associá-los a alguns dos maiores biomas do mundo, como as grandes florestas. Porém, eles estão presentes nos mais diversos lugares, inclusive pelos bairros de Anápolis.

Casos na cidade

Apenas neste ano de 2021, um total de 43 pessoas precisaram ser atendidas no Hospital Municipal Jamel Cecílio (HMJC) após sofrerem ataques de animais venenosos.

As informações foram obtidas com exclusividade pelo Portal 6, junto à Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

Destes 43 casos, a imensa maioria envolveu a atuação de cobras. Foram 41 situações registradas, sendo 30 provenientes de picadas de jararaca e outras 11 de cascáveis.

As duas ocorrências restantes tiveram como causa o veneno de escorpião.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) também esteve ocupada com atendimentos da mesma natureza durante o ano, resgatando espécies de jararaca e cascavel.

Apesar de não manter um registro específico de quais animais ocasionaram uma mobilização maior, o Corpo de Bombeiros foi outro segmento que se empenhou bastante na captura de animais silvestres durante o ano.

Isso porque os militares foram acionados em 529 situações, ao menos até o momento desta publicação, para se deslocar até diversos pontos de Anápolis para recolher os repteis de imóveis residenciais, empresas e ruas.

Cuidados

Em entrevista ao Portal 6, a médica veterinária e doutora em Animais Selvagens, Elisangela Sobreira, explicou algumas das ações que podem ser tomadas para evitar contato com estes animais.

“O primeiro passo, na verdade, é verificar antes de entrar em qualquer ambiente. Lugares com tijolos e madeiras empilhadas ou acúmulo de entulhos e lixos são muito propícios para a multiplicação e presença de aranhas e escorpiões, por exemplo”, detalhou a especialista.

“As serpentes também começam a aparecer nesta época chuvosa e de frio, já que saem a procura de calor para manter o metabolismo”, acrescentou.

O que fazer após a picada

Caso as medidas de precaução não tenham sido suficientes para evitar o contato, Elisangela contou também alguns dos passos que, se executados da maneira correta, podem evitar o pior.

“É importante tirar foto do animal, para que ele possa ser identificado no hospital e o devido soro seja aplicado na vítima”, afirmou.

A veterinária destacou ainda que, em picadas de aranha, costuma-se colocar compressas de água gelada, enquanto as de escorpião, se usa água morna.

“Nunca façam torniquete ou tentem chupar o veneno, porque irá piorar ainda mais o caso”, aconselhou.

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