Presos da CPP de Aparecida chegaram a ficar 15h sem comida e água potável, diz Defensoria Pública

Condições sub-humanas constam em relatório do órgão tornado público nesta terça-feira (15). Órgão pediu providências à DGAP

Augusto Sobrinho Augusto Sobrinho -
DPE-GO deu prazo de 15 dias para que a DGAP se manifeste sobre o documento e diga quais providências tomará. (Foto: Reprodução)

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) verificou que os detentos da Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia, ficam até 15h sem comida e água potável.

As condições sub-humanas constam no relatório do órgão, tornado público nesta terça-feira (15), que foi enviado à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) para adotar providências necessárias.

Essas e outras irregularidades que constam no documento foram identificadas a partir de uma inspeção feita por órgãos de direitos humanos da capital no último dia 04 de fevereiro.

A mais gritante foi que os detentos chegaram a ficar 15 horas sem água e comida. Os presos também só teriam acesso a itens de higiene pessoal que os familiares levam durante visitas.

O relatório denuncia falta de energia elétrica e ausência de colchões em algumas celas. Também é degradante a situação das mulheres presas, que precisam “usar itens de tecido para suprir a falta de absorventes”.

A CPP, que integra o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, tem capacidade para 906 pessoas – sendo 797 homens e 109 mulheres. No entanto, atualmente, um total de 2.874 detentos estão confinados no local.

A DPE-GO deu prazo de 15 dias para que a DGAP se manifeste sobre o documento e diga quais providências tomará.

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