Mega operação resgata mais de 20 trabalhadores em condições de escravidão em Goiás

Resgatados foram encontrados vivendo de maneira insalubre

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Condições precárias de 22 trabalhadores resgatados em Cristalina (Foto: Divulgação)

Um mega operação realizada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) ligado ao Ministério Público do Trabalho e a Policia Federal, resgatou 22 trabalhadores que estavam em condições análogas à de escravidão.

Os trabalhadores estavam em diferentes carvoarias no município de Cristalina, no Leste do estado. Toda a mobilização durou entre os dias 07 e 11 de março.

Na primeira carvoaria inspecionada pelo GEFM, 16 funcionários não tinham acesso sequer a água potável e equipamentos de segurança para trabalhar dignamente. Além disso, o alojamento estava em péssima condições.

Mais seis pessoas foram resgatadas na segunda carvoaria e a situação não era diferente. Não havia acesso a água e os resgatados não recebiam instruções para manusear equipamentos como motosserras e tratores. O banheiro e o local em que dormiam estavam em condições insalubres.

Como punição, os donos das carvoarias terão de pagar títulos de indenização por dano moral coletivo. Cada um dos 22 trabalhadores irá receber R$ 2mil.

Os resgatados terão acesso ao “Seguro-desemprego de trabalhador resgatado” que garante por três meses um salário mínimo

Os proprietários assinaram um termo junto ao Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT/GO). O documento obriga as carvoarias a cumprir com medidas que regularizem os contratos de trabalho e melhore as condições dos locais.

Caso o termo não seja colocado em prática, será aplicada uma multa.

Trabalhadores em condições análogas à escravidão (Foto: Divulgação/MPT)

Trabalhadores em condições análogas à escravidão (Foto: Divulgação/MPT)

Trabalhadores em condições análogas à escravidão (Foto: Divulgação/MPT)

 

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