Com dívida de R$ 10 mil, idosa sofre por três meses sem água, mas consegue vitória na Justiça

Defensoria Pública assumiu o caso e apontou para a essencialidade do serviço, especialmente no cenário de pandemia

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Idosa chegou a ficar três meses sem receber água, precisando pedir ajuda para vizinhos. (Foto: Reprodução)

Depois de três meses, Irene Gonçalves, de 69 anos, voltará a ter água em casa. Uma decisão da Justiça determinou que a Saneago restabeleça o fornecimento para a mulher, que mora em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia.

A mulher tinha uma dívida total de R$ 9.494 e, por isso, teve o fornecimento cortado ainda em janeiro deste ano. Desde então, a idosa só tinha acesso à água quando contava com a caridade dos vizinhos.

Com a situação insustentável, Irene procurou a 2ª Defensoria Pública de Inhumas. A instituição encaminhou ofício para a Saneago, mas foi informada que somente a  a titular da conta ou quem possuísse os documentos da propriedade poderia realizar a renegociação.

O problema é que o imóvel não havia sido escriturado e a titular era a mãe da idosa, que morreu há 20 anos. A Defensoria Pública, então, acionou a Justiça.

O defensor Jordão Pinheiro, responsável pelo caso, alegou que o serviço de fornecimento de água é essencial, especialmente num cenário de pandemia.

“A água é serviço básico e essencial à vida humana. A assistida é pessoa idosa e o atual cenário de pandemia da Covid-19 força a higienização constante, sendo que a falta de água dificulta a prática de cuidados necessários à prevenção da doença”, defendeu.

A Justiça deferiu o pedido de restabelecimento do fornecimento na última sexta-feira (06), e a água voltou à casa de Dona Irene na segunda-feira (09).

A Defensoria Pública também solicitou que a titularidade da conta fosse regularizada para evitar novos problemas, mas o pedido ainda não foi atendido.

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