Com poder de revolucionar empresas, conexão 5G pode estar longe de ser realidade em Anápolis

Prazo já existe, mas projetos seguem parados e até inexistentes para tirar a ideia do papel

Lucas Tavares Lucas Tavares -
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Vista aérea de Anápolis. (Foto: Rafaella Soares)

A internet 5G, tecnologia que promete revolucionar a sociedade com uma conexão rápida e eficiente, deve movimentar também Anápolis e outras grandes cidades do Brasil.

Apesar das boas expectativas em torno do novo recurso, a burocracia das legislações estaduais e municipais dificulta a chegada mais breve da ferramenta.

Em nota ao Portal 6, o Conexis, Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal, que reúne as empresas de telecomunicações do Brasil, informou que vários municípios enfrentam esse mesmo problema.

“As empresas estão preparadas para ligar o 5G, assim que for liberado pela Anatel e houver condições físicas, o que inclui, condições para a instalação de infraestruturas essenciais, como antenas”, expôs.

“Na maioria das cidades brasileiras, incluindo Anápolis, as prestadoras ainda enfrentam dificuldades para o licenciamento de antenas por causa de legislações desatualizadas e em desacordo com a Lei Geral de Antenas”, acrescentou.

No entanto, as tramitações de projetos de lei nesse sentido seguem parados ou até mesmo inexistentes na Câmara Municipal ou na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Presidente da Tempo Telecom e Diretor Comercial da Câmara de Dirigentes Lojistas de Anápolis (CDL), Luis Miguel Mendes afirma que a tecnologia vai mudar não só o meio empresarial, como toda a cidade.

“Atualmente a gente utiliza o 4G, em que você vai levar de 30 a 40 minutos para baixar um filme. No 5G, você vai levar 10, 15 ou 20 segundos no máximo”, projetou.

“Chega a ser 100 vezes mais rápida. São mais equipamentos conectados no mesmo rádio. As possibilidades começam a surgir e a gente pode conectar mais coisas”, continua.

Segundo ele, um dos principais fatores é que, com a chegada do 5G, as cidades poderão se tornar mais inteligentes.

“Elas tendem a conectar, por exemplo, os semáforos, os hospitais, as delegacias, o corpo de bombeiros, todos conectados. O varejo será altamente impactado e, nos próximos anos, teremos uma nova forma de interagir na compra e venda de produtos e serviços”.

Por fim, Luis Miguel reforça a importância de atualizar a legislação para viabilizar a instalação das antenas de 5G.

“Muitas leis, inclusive em Anápolis, não beneficiam isso. Ainda trazem impedimento e os prazos de licença locais ainda são muito morosos, às vezes chega a levar um ou dois anos”.

“Eu estive com o secretário Alex Martins e propus a ele auxiliarmos com algumas leis municipais criadas pelo Brasil onde foram feitos os ajustes. Eu creio que isso esteja tramitando no Poder Público, para que nós possamos ter o 5G o quanto antes”, concluiu.

No início de junho, o Conselho Diretor da  Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, adiou para setembro a data de início das operações da tecnologia nas capitais brasileiras.

Em outras cidades, como Anápolis, o processo deve ser gradual e ocorrer entre 2026 e 2029.

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