Justiça condena frigorífico goiano a indenizar funcionária apelidada de ‘porca capada’

Empresa terá de pagar R$ 10 mil para trabalhadora que foi discriminada e perseguida por supervisora

Emilly Viana Emilly Viana -
Valor da indenização foi estipulado em R$ 10 mil (Foto: Divulgação / Prefeitura de Mineiros)

A Justiça condenou um frigorífico em Mineiros, Sul do estado, a indenizar uma trabalhadora em R$ 10 mil por assédio moral. O valor é referente aos danos morais sofridos na unidade, onde a funcionária foi apelidada “mula manca” e “porca capada” devido às condições físicas.

Testemunhas confirmaram que a líder do setor onde a vítima atuava é a autora das agressões. Segundo a denúncia, a supervisora vinha perseguindo a funcionária e não fazia o rodízio determinado para a função dela, embora fosse obrigatório no setor para evitar que os trabalhadores se machucassem.

Houve, ainda, desvios injustificados de funções e setores, além de aplicação de punições “descabidas” por parte da líder. Ela também caçoava da dor e aflição da trabalhadora que tem problemas no ombro esquerdo por conta de ruptura de tendão e tendinite.

Na decisão, o juiz Elias Soares de Oliveira afirma ter sido comprovado que, além do tratamento discriminatório, a mulher era exposta a humilhações e constrangimentos repetitivos e prolongados. Como foi proferida em primeira instância, pela Vara do Trabalho de Mineiros, a determinação ainda cabe recurso.

Em contrapartida, o frigorífico alegou que não houve assédio moral por parte de qualquer representante da empresa. Segundo o empresa, a supervisora em questão não agiu com coação, perseguição e ameaça, mas pautada na cobrança de resultados. Por si só, justifica a empresa, a exigência não é suficiente para caracterizar assédio moral.

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