Risco de afogamento em Goiás aumenta em período de férias e bombeiros fazem alerta importante

Bebidas alcoólicas e falta de colete salva-vidas podem levar a tragédias no momento que deveria ser de diversão

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Bombeiros alertam para risco de afogamento. (Foto: CBMGO)

As tradicionais viagens para regiões de córregos, rios, cachoeiras e lagos muitas vezes trazem tragédias para famílias goianas. E, geralmente, elas acontecem em meses de férias, como julho.

Em Anápolis, conforme o Corpo de Bombeiros, o mês ainda não registrou óbitos por afogamentos, mas essas notificações são comuns neste período.

Caldas Novas, Pirenópolis, Corumbá, Rio Quente e o Rio Araguaia são alguns dos locais preferidos para descanso dos turistas. No entanto, alguns cuidados importantes são essenciais para a garantia da segurança.

Ao Portal 6, o tenente do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (CBMGO), Licurgo Borges, relatou que a imprudência relacionada à ingestão de bebidas alcóolicas e a falta do uso do colete de proteção são as principais causas de afogamento no estado.

“As principais causas de afogamento geralmente é imprudência correlacionada com a ingestão de bebidas alcóolicas, condução de embarcações embriagado, travessias em lagos, rios e muitas vezes a pessoa tem um excesso de confiança e vem  a submergir em meio líquido, além da não utilização do colete salva-vidas”, afirmou.

“Na maioria dos casos, a vítima se coloca em risco estando no meio aquático sem a utilização do colete salva-vidas, e aí o afogamento acontece”, completou.

O tenente apontou ainda os perigos relacionados as crianças na água, já que não possuem capacidade para se cuidarem sozinhas e precisam sempre do cuidado atento de um adulto.

“Temos os casos de crianças. As crianças não sabem mensurar muitas vezes o grau de risco do ambiente aquático ali no rio, no lago, e ela se coloca em risco também sem o colete salva-vidas e sem a supervisão de um adulto responsável. É bom frisar isso porque a criança precisa estar sempre sendo 100% do tempo supervisionada por um adulto responsável para evitar o afogamento”, destacou.

O bombeiro militar ainda faz um alerta relacionado ao salvamento de vítimas de afogamento, destacando que esse resgate deve ser realizado apenas por profissionais especializados para evitar a possibilidade de acontecer um novo acidente.

“Quando alguém se deparar com uma situação extrema como essa, é proibido que a pessoa se coloque em risco entrando no meio líquido para tentar salvar o outro sem qualquer tipo de treinamento, porque se não essa pessoa se tornará uma outra vítima. Existem muitos casos nesse sentido, porque a pessoa em pânico vai querer de toda forma ficar na superfície e vai levar a outra pessoa junto”, ressaltou.

“É sempre importante ter um objeto flutuante ali. Um estepe de pneu, um colete salva-vidas, uma boia, uma bola, um bastão, que você possa lançar para a pessoa que esteja se afogando e retirar ela do meio líquido de forma segura, sem estar se colocando em risco”, completou.

Diante desse risco, é essencial para garantia da segurança cuidados como o uso de coletes, evitar a ingestão de álcool antes de entrar na água, respeitar os limites permitidos e principalmente, manter os olhos atentos nas crianças.

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