Investimentos e fim dos elefantes brancos são chaves para retomada econômica de Anápolis

Economista aponta que município precisa ceder infraestrutura que dê suporte à instalação de empresas e geração de empregos

Aglys Nadielle Aglys Nadielle -
Vista do bairro Jundiaí, em Anápolis. (Foto: Rafael Tomazeti / Portal 6)

Anápolis sempre foi conhecida por ser terra de grandes oportunidades. Sobretudo desde a inauguração do DAIA, em 1976, o município experimentou um forte crescimento econômico.

Muitos anapolinos, no entanto, têm a impressão de que a pujança de outrora não se reflete no hoje. Há vários motivos que levam a tal percepção.

O maior deles, segundo o economista Márcio Dourado, é que o cidadão não visualiza investimentos tão robustos em infraestrutura. As promessas que ficam só no papel mitigam a evolução.

“Cito como exemplo a expansão da área do DAIA, a criação do distrito industrial municipal e a manutenção de uma política de incentivos fiscais competitiva, como tem ocorrido”, disse.

O economista aponta também que, para crescer, a inauguração de obras nunca terminadas, como do aeroporto de cargas, que começou em 2010, são fundamentais.

Para ele, outra ação importante é a expansão das redes de água, esgoto e energia elétrica para atender o setor industrial do município.

Embora o momento econômico da cidade não seja de boom, Márcio Dourado pondera que há bons indicadores.

“Anápolis tem experimentado uma consolidação de algumas empresas que tem se expandido a partir do que já existe, isso se verifica em diversos setores, destacando-se o farmoquímico, metalurgia e construção civil”, destaca.

Empresários otimistas 

Amaury Esberard, presidente da Associação das empresas do DAIA (Assedaia), está animado com a promessa de que a cidade se torne uma ‘smart city’. Ele afirma que esse será o futuro da urbanização e que o município pode se tornar um exemplo.

“Os gestores tem que estarem preparados desde agora para a utilização de tecnologias de ponta em serviços conectados para promover o bem-estar da comunidade, como mobilidade urbana, comunicação e segurança pública”, ressalta.

Para o presidente da CDL Jovem, Thalyson Bastos, Anápolis possui uma localização estratégica por estar posicionada entre duas capitais e isso acaba influenciando no crescimento. Além disso, a cidade tem recebido diversas franquias do setor varejista, o que na visão dele, só demonstra vantagens.

O empresário admite que o município passa por um momento de estagnação econômica, mas aponta que a situação é enfrentada pelo país inteiro. “Eu tenho boas perspectivas agora para o segundo semestre do ano”, relatou.

Um dos motivos que tem deixado Thalyson otimista é a queda da taxa de desemprego. Ele conta que é uma consequência, se as pessoas estão trabalhando, o poder de compra aumenta.

“Eu acho que Anápolis está caminhando nesse processo de ser cada vez mais forte economicamente, várias empresas com amplitude nacional vindo pra cá, empresas consolidadas no mercado estão enxergando esse potencial que a cidade oferece”, disse.

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