“O bife virou o vilão”: as histórias dos anapolinos que abandonaram o churrasco de domingo

Levantamento aponta que consumo de carne será o menor em 26 anos

Aglys Nadielle Aglys Nadielle -
Frango frito virou rotina para quem não mais consegue bancar a carne vermelha. (Foto: Reprodução)

Com o preço da carne vermelha nas alturas, o churrasco de domingo se tornou uma realidade distante para os anapolinos. Ao Portal 6, os consumidores reclamam que está difícil manter a as refeições com este alimento. 

Para alguns, a solução tem sido inovar nas receitas e procurar alternativas para substituir o item. Linguiça, salsicha e comida originada de aves passou a fazer parte do cotidiano.

Gustavo Oliveira, de 27 anos, afirma está sendo difícil consumir carne vermelha todos os dias. “A alternativa tem sido a substituição de outras com valores menos abusivos”, disse.

O jovem, que mora apenas com a esposa, citou que, em casa, os dois têm optado por frango e algumas espécies de peixe, que tem o valor mais baixo.

Mãe de uma família com 03 filhos, Alessandra Lima, de 47 anos, e o marido também sofrem com a carestia. “O bife virou o vilão”, desabafa.

“Desde quando começou a pandemia é só frango, linguiça, salsicha e essas coisas mais baratas. Nem se fala em churrasco, está tudo difícil”, contou ao Portal 6.

Em casa, a família só come carne vermelha quando é costela de vaca. “Às vezes eu arrisco comprar uma carne de segunda, quando está baratinha”, disse.

A realidade de Anápolis é um recorte do Brasil. Uma pesquisa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que 2022 será o ano de menor consumo entre os brasileiros em 26 anos. Neste ano, cada pessoa deve consumir 24,8 kg.

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