Homem desenvolve grave doença no trabalho e agora será indenizado em 40 milhões

Decisão foi dada pela Suprema Corte, que não aceitou recurso das duas empresas

Gabriella Licia Gabriella Licia -
(Foto: Reprodução/Ilustração)

A Suprema Corte do Chile determinou que duas empresas terão de indenizar um homem em US$ 40 milhões depois dele adoecer durante uma longa jornada de trabalho pesado.

O emprego da vítima era como mergulhador de mariscos ‘básico’, ou seja, não era profissional e não deveria descer abaixo de 20 metros de profundidade.

O homem vive na província de Concepción, no Chile, e, de acordo com Suprema Corte, o trabalho duro deveria ser realizado pelos ‘mergulhadores comerciais’.

Porém, como muitos haviam sido demitidos, os chefes ordenaram que o funcionário realizasse. Inclusive, as autoridades confirmaram que tudo ocorreu sob ameaça de demissão.

“O trabalho era pesado e consistia em descer quando a rede do barco estava se rasgando para evitar que isso acontecesse e a pesca não se perdesse. [O afetado] passava muito tempo no mar sem ter medidas de controle ou proteção”, dizia o texto.

Sem os devidos equipamentos, o chileno adquiriu a doença Necrose Avascular da Cabeça e isso o deixou impossibilitado de realizar muitas atividades.

“Ele tinha plena capacidade laboral e, antes da doença, o profissional era uma pessoa ativa, feliz e saudável, que tinha plena autonomia e independência para realizar as suas tarefas diárias”, explicou as autoridades.

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