Autoras da moda dão novo tom e conquistam mercado em Anápolis

Empresárias apostaram em tendência fashion e ganharam clientes. Especialista ressalta importância no comércio local

Bruna Ariadne Bruna Ariadne -
(Foto: Reprodução/Instagram)

As empresas do mercado de moda autoral ou slow fashion de Anápolis vêm ganhando cada vez mais espaço na cidade e em todo país. Além das fronteiras do município, as marcas estão alcançando diversos estados brasileiros.

Essa área no empreendedorismo é classificado como a “nova economia” e é um dos setores que mais atrai empreendedores. Mesmo que a produção se dê em pequenas escalas e de forma mais lenta, ela contribui significativamente com a movimentação de recursos, além de garantir emprego e renda para a cidade.

O perfil desses pequenos empresários chama atenção pelas peculiaridades. “Silenciosamente, temos um pequeno exército de trabalhadores que dependem de tal mercado, que após auferirem seus rendimentos, gastam no comércio local, impulsionando ainda mais a economia.”, explicou o economista Márcio Dourado.

Negócio de família

A dona da marca anapolina Cetim Tim e publicitária, Ana Aleixo, decidiu começar seu empreendimento em 2020, após parar com os alisamentos no cabelo. E foi procurando produtos específicos para o novo estilo de vida que encontrou sua oportunidade.

“Procurando produtos que seriam bons para o meu novo cabelo, descobri a touca de cetim. Minha avó, que é costureira, fez uma touca pra mim e eu achei magnífico o resultado. Nisso, minhas amigas também começaram a pedir pra elas, mas minha avó já não costura mais para fora. Com essa demanda, eu e minha mãe vimos uma oportunidade de negócio”, contou Ana Aleixo.

A empresa Cetim-Tim possui produtos especializados feitos a mão. Em sua maioria, com o tecido cetim, como: toucas, fronhas, pijamas, xuxinhas, modeladores, toalhas, entre outros.

De acordo ainda com a empresária, a demanda para o município é grande, mas para as outras regiões há uma crescente maior ainda.

“Nós vendemos bastante para Anápolis e temos muito carinho pelas nossas clientes daqui. O fluxo é ainda maior para outras cidades e estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Já enviamos mais de 2 mil pedidos para todo o Brasil, só não enviamos ainda pro Rio Grande do Norte e Acre”, afirmou a Ana.

A empresária da marca Giovanna Cadurin Brand descobriu sua nova oportunidade no mercado de moda autoral após o nascimento de sua filha. “Comecei em 2017 quando a minha filha nasceu, sempre gostei de moda e tinha vontade de ter uma marca própria, mas a coragem só surgiu quando eu não quis voltar a trabalhar e deixar minha neném na creche”, contou.

A marca busca levar em suas produções, ressalta a empresária, a consciência da exclusividade e realizar produção em pequenas escalas e com peças atemporais.

No mercado há cinco anos, ela compreende que ainda existe barreiras a serem quebradas. “Esse é um nicho complexo, o slow fashion incentiva a pensar em toda a cadeia produtiva de moda. O movimento estimula o cliente a refletir sobre a utilidade da roupa no dia a dia. Esse conceito também inclui duração e “temporalidade” da roupa”, explicou a empresária.

A questão ambiental também é pauta quando o assunto é produção de roupas. Mesmo que a sejam feitas em escalas bem menores do que a grandes fábricas, o impacto pode ser grande se não pensado.

“Procuramos ter o mínimo de desperdício e resíduos na produção para não poluir o meio ambiente. Pois o impacto é geral, não somente em quem compra e usa as peças”, afirmou  Giovanna Cadurin.

Capacitação dos empreendedores

Se capacitar para o mercado é um ponto que deve ser considerado por todos que desejam ser empreendedor. É necessário que o empresário busque compreender como funciona cada área da empresa, como: marketing, financeiro, compras, gestão, e outros setores que englobam o mercado.

“É importante para quem quer atuar nessa área, buscar conhecimento não só na área de moda, mas aprender a empreender, se preparando para encarar os desafios que um empreendedor encara todos os dias, em especial em um país com tantas adversidades como o Brasil”, explica Márcio Dourado.

 

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