Presidente do PDT, de Ciro, aceita convite para Ministério da Previdência
Pedetista se reuniu com Lula de manhã no hotel onde o presidente eleito está hospedado em Brasília
NATHALIA GARCIA E THAÍSA OLIVEIRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do PDT, Carlos Lupi, aceitou o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o comando do Ministério da Previdência. Seu nome será anunciado nesta quinta-feira (29), quando está prevista a divulgação do nome de uma nova leva de ministros, fechando o desenho do primeiro escalão do futuro governo.
O pedetista se reuniu com Lula de manhã no hotel onde o presidente eleito está hospedado em Brasília. No encontro, o petista formalizou o convite a Lupi.
“Ele [Lula] pediu muito empenho para acabar com as filas da Previdência, inclusive com essa questão de auxílio doença, ele quer que os prazos sejam os mínimos possíveis”, afirmou.
Lupi afirmou que as próximas conversas serão sobre os cargos de segundo e terceiro escalão, e destacou a importância da Dataprev -Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social- e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
“Nós temos dois instrumentos que são fundamentais, a Dataprev e o próprio INSS. Esses são órgãos extremamente técnicos, que precisam de pessoas qualificadas, técnicas, com origem nos órgãos para comandá-los. Eu pretendo dinamizá-los”, disse.
O posto inicialmente não era atrativo para o partido, que buscava uma pasta com mais visibilidade. O presidente do PDT vinha conversando com o PT nos últimos dias para tentar negociar um ministério que pudesse fortalecer o partido para as eleições de 2024 e 2026.
“Ministério sempre é um desafio. Não se trata de a gente ficar ou não satisfeito, se trata de servir à nação. Acho que o Ministério da Previdência está dilacerado, destruído. É um desrespeito aos aposentados”, disse.
Lupi, que já foi ministro do Trabalho, afirmou que recebeu o apoio do ex-governador Ciro Gomes (PDT-CE), candidato derrotado à Presidência. Segundo ele, Ciro vai colaborar com a construção do partido, como uma “alma livre”.
“Conversei ontem [quarta, com o Ciro]. Ele apoia integralmente o meu nome. Tem as divergências dele de campanha com o presidente Lula, mas a hora agora é de ajudar o Brasil”, disse.
“O Ciro vai ser uma alma livre, vai fazer cursos, se capacitar, vai usar o que ele tem de melhor que são suas ideias, sua cabeça, sua inteligência, para colaborar com a construção do partido e elucidar todos os temas que ele queira à sociedade brasileira”, acrescentou.