Identificadas empresas de ônibus apreendidos em Goiânia por levarem golpistas para Brasília

PC apura ainda se donos de galpão que guardava os ônibus estão envolvidos ou foram coniventes com atos antidemocráticos

Emilly Viana Emilly Viana -
Momento em que Polícia Civil leva ônibus apreendidos até a Receita Federal. (Foto: Mateus Oliveira)

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) apreendeu seis ônibus das empresas Brasil Sul e Viação Garcia – pertencentes ao mesmo grupo – nesta quarta-feira (11). Os veículos, que estavam em um galpão de uma terceira empresa em Goiânia, são parte dos 29 ônibus apreendidos no estado devido a possível participação nos atos antidemocráticos.

Os veículos foram encaminhados, no início da tarde, para o depósito da Receita Federal, também na capital. A Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) irá ouvir os motoristas e proprietários dos ônibus serão ouvidos pela polícia.

O delegado Rilmo Braga, gerente de planejamento operacional da PC, explicou que informações sobre o local chegaram por meio do serviço de inteligência. “Isso aconteceu na madrugada e, inicialmente, a informação não parecia verossímil, pois ônibus geralmente não são fáceis de serem ocultados. Porém, realizamos a abordagem ao amanhecer e os encontramos”, relata.

De acordo com o líder da ação, ainda não foram emitidos mandados de prisão ou solicitação para ouvir supostos passageiros, apenas os condutores e donos dos veículos. “Essa pessoas foram convidadas a comparecer na delegacia, porque não estavam aqui na abordagem. Caso não compareçam, medidas mais enérgicas poderão ser tomadas neste sentido”, garantiu.

Um investigação paralela também será criada para investigar a empresa que abrigou os ônibus, que não possui ligação com as demais, segundo a polícia. Ainda assim, se comprovado que os proprietários do galpão tinham conhecimento que os ônibus transportavam pessoas rumo à capital federal para ações terroristas, eles poderão ser responsabilizados.

“Na medida exata de que é possível que eles tenham cometido delito de favorecimento real, porque apoiaram e auxiliaram cometedores de infrações penais que terminou em situações muito graves. Para além disso, se comprovado o dolo pretérito, ou seja, que eles tinham conhecimento de que esses veículos iriam e voltariam dessa manifestação, eles podem indiciados como coautores ou partícipes dos crimes”, explica o delegado.

Tanto a Brasil Sul quanto a Viação Garcia têm sede em Londrina, no Paraná. A PC, em conjunto com a Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), ainda apura se outros ônibus que estavam no galpão levaram criminosos a Brasília.

Com a palavra o Grupo GBS

O Grupo GBS manifesta que desde o início das convocações pelas autoridades competentes tem contribuído de forma categórica, constante e transparente para o fornecimento de informações acerca dos seis veículos de sua propriedade, contratados legalmente para fretamento de pessoas com destino a Brasília-DF.

O Grupo registra que até o presente momento foram levados ao conhecimento das autoridades todos os contratos, notas ficais, lista de passageiros, comprovantes de pagamentos e demais informações relacionadas a cada viagem, mediante protocolos junto às Delegacias da Polícia Federal de Londrina e Maringá, ambas no Estado do Paraná, sob Protocolo Documento PF-LDN VGL – dia 10/01/2023 – nº 0001131.2023-34; Protocolo Documento PF-LDN BS – dia 10/01/2023 – nº 0001121.2023-90; Protocolo Documento PF-MGA BS – dia 10/01/2023 – nº 08391.000054/2023-25; Protocolo Esclarecimento Documento PF-LDN VGL e BS – dia 11/01/2023 – nº 000111.2023-45.

Neste contexto, ressaltamos que o Grupo GBS, bem como os veículos de sua propriedade, estiveram desde o início dos esclarecimentos inteiramente à disposição das autoridades para a elucidação dos fatos.

O Grupo GBS novamente registra que repudia veementemente qualquer ato de violência, vandalismo contra o patrimônio público e a prática de qualquer ato de natureza antidemocrática.

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