Anápolis registra aumento de mais de 56% de casos de doenças diarreicas agudas

Médica de Família e Comunidade traz alguns cuidados que a população deve tomar para evitar contaminação

Isabella Valverde Isabella Valverde -
UPA da Vila Esperança. (Foto: Bruna Ariadne/Portal 6)

Com a elevada quantidade de chuvas que vem caindo sob Anápolis desde o início do ano, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) percebeu um aumento de mais de 56% no número de casos de doenças diarreicas agudas.

Em janeiro de 2022 foram registrados 764 diagnósticos da enfermidade na rede municipal, enquanto no mesmo período de 2023 houve 1.195. Os dados foram levantados a pedido do Portal 6.

Mesmo com o considerável aumento, a Vigilância Epidemiológica aponta que durante o período analisado, não foi detectado pelo órgão responsável pelo monitoramento nenhum novo subtipo que possa ser responsável pelas infecções.

Pabline Melo, médica de Família e Comunidade, explicou à reportagem que esse crescimento ocorre por conta do próprio período chuvoso, que acaba tornando propício o aparecimento de certas enfermidades.

“Com a alta incidência de fortes chuvas é observado em toda cidade o aumento do número de busca pelos serviços de saúde pela manifestação de doenças relacionadas ao contato com águas contaminadas, bem como de doenças sazonais causadas por vírus tanto respiratórios quanto os que causam alterações gastrointestinais”, afirmou.

Com este importante alerta, a especialista destaca que a população deve tomar alguns cuidados pessoais e gerais.

“Sobre os cuidados gerais, devemos nos atentar com a higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%, evitar aglomerações, o uso de máscara, atualização da caderneta de vacinação, principalmente em crianças e idosos”, ressaltou.

“Outro fator importantíssimo é com a qualidade da água e dos alimentos consumidos, bem como a higiene pessoal e do ambiente. O correto destino das fezes e do lixo doméstico também deve ser redobrados neste período chuvoso, sobretudo em casos de enchentes e alagamentos, especialmente para quem utiliza água de reservatórios e poços artesianos”, completou.

No caso de locais atingidos por enxurradas e lamas, Pabline Melo reforça que o ideal é que os moradores redobrem os cuidados e evitem ao máximo o contato direto com as superfícies afetadas.

Caso seja inevitável, a profissional da saúde adverte que é importante utilizar sacos plásticos duplos nas mãos e pés, ou luvas e botas para se prevenir da contaminação, sendo necessário passar por uma criteriosa higienização logo em seguida.

“Se após o contato o indivíduo manifestar febre, sinais e sintomas como dores, alterações da pele, náuseas, vômitos, diarreia, ou outros, a recomendação é a busca por atendimento profissional na unidade de saúde mais próxima do domicílio se lembrando de relatar sobre o contato com águas de enxurrada ou lama”, orienta a médica.

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