MP de Goiás apura fraudes em jogos do campeonato brasileiro para beneficiar apostas esportivas

Manipulações possuem o objetivo de favorecer apostas mais altas. Atletas recebem parte do lucro se resultado for o esperado

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Atletas também estão sendo investigados por envolvimento no esquema. (Foto: Seel)

Com o objetivo de reunir provas a respeito de uma associação criminosa que está cometendo fraudes nos resultados de jogos de futebol profissional em diversas regiões do país, o Ministério Público do Estado de Goiás deflagrou na manhã desta terça-feira (14) a Operação Penalidade Máxima.

A ação está sendo realizada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol (GFUT).

Segundo aponta as investigações, o grupo criminoso está agindo juntamente com os próprios atletas, que estão fazendo o necessário em campo para conseguir manipular o resultado da partida.

As fraudes são realizadas com o intuito de favorecer aquelas apostas esportivas com um valor mais elevado, permitindo assim que estas se tornem vencedoras.

Como forma de ‘pagamento’, os atletas envolvidos recebem parte dos lucros caso o resultado seja realmente o esperado.

As investigações identificaram que cada suspeito de integrar o grupo criminoso fature aproximadamente R$ 150 mil por aposta.

O nome dos times envolvidos não foi divulgado, no entanto, as provas apontam que alguns envolvidos realizaram o esquema fraudulento em no mínimo três partidas realizadas no final de 2022, na série B do Campeonato Brasileiro de Futebol.

A estimativa é de que os valores obtidos com os jogos manipulados já tenha ultrapassado R$ 600 mil.

Com a Operação Penalidade Máxima, estão sendo cumpridos um mandado de prisão temporária, além de outros nove de busca e apreensão.

As ações policiais estão sendo realizadas em Goiânia, São João del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).

Por abranger inúmeras regiões do Brasil, a operação está sendo realizada com o apoio da Polícias Militar (PM), Civil e Penal de Goiás, além dos Gaecos dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso, do Cyber Gaeco do Estado de São Paulo e do Centro de Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

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