Justiça de Goiás suspende lei que alterava o nome da Avenida Castelo Branco para Iris Rezende

Na decisão, magistrada compreendeu que mudança pode gerar confusão referente a localização e gastos aos comerciantes

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Avenida Castelo Branco
Imagem mostra um trecho da Avenida Castelo Branco em Goiânia. (Foto: Jackson Rodrigues/ Prefeitura de Goiânia)

A lei municipal nº 10.854 que alterava o nome da Avenida Castelo Branco, em Goiânia, para Agrovia Iris Rezende Machado foi suspensa pela Justiça de Goiás. A decisão ainda cabe recurso. 

A sentença, dada na terça-feira (14), foi emitida pela juíza Jussara Cristina Oliveira Louza e atende aos pedidos de diversas entidades como a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás e do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO) que foram contra a mudança. 

Devido aos 7,6 quilômetros de extensão, a via é considerada um dos principais pontos da capital e referência no mercado comercial e abriga mais de 600 lojas. 

Em entrevista concedida anteriormente ao Portal 6, o presidente do Sindilojas-GO, Cristiano Caixeta, afirmou que a alteração “desrespeitava o comércio” e traz despesas “desnecessárias” aos comerciantes. 

Na decisão, a magistrada compreendeu que a lei pode gerar confusão referente a localização, além de “impor gastos aos residentes e comerciantes locais, que terão que atualizar os endereços e cadastros comerciais”. 

De acordo com a juíza, a mudança também poderia gerar prejuízos na economia goiana já que a avenida é considerada um “shopping rural a céu aberto”. 

“Sua importância extrapola a clientela local, recebendo clientes de todo o Centro-Oeste, bem como de estados como São Paulo, Minas Gerais, e também de estados das regiões Norte e Nordeste do País como Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia”, observou ela.

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