Um dos suspeitos de dar golpe em idosos ainda está foragido, informa GEIC de Anápolis

Grupo, que forjava dívidas até mesmo de pessoas que já faleceram, deve responder por quatro crimes

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Coletiva golpe
Delegados responsáveis pelas investigações deram detalhes da operação. (Foto: Portal 6/Isabella Valverde)

Dos oito mandados de prisão preventiva expedidos na manhã desta quinta-feira (16) contra envolvidos em esquemas de fraudes e furtos, sete foram cumpridos em Anápolis e um suspeito permanece foragido.

A Operação Dívida Fake está sendo realizada pela Polícia Civil de Goiás, juntamente com a do estado do Pará, com o intuito de identificar todos os integrantes do grupo que forjava dívidas em nome de idosos ou até mesmo de pessoas que já faleceram.

Durante coletiva de imprensa, realizada no GEIC de Anápolis, Jorge Fernando Bezerra, um dos delegados à frente das investigações revelou que o grupo criminoso se distribuía em três diferentes núcleos.

O primeiro era composto por pessoas que cediam os endereços e telefones para que pudessem receber falsas informações, os falsos credores, assim como os advogados que protocolavam as denúncias fraudadas.

Segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, juntos, os juristas somam 43 ações judiciais fraudulentas, sendo que apenas um deles é responsável por 35.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram apreendidos inúmeros celulares, HD’s, computadores, assim como também documentos que confirmam a participação dos advogados em todo o esquema.

Os valores totais conquistados a partir das fraudes ainda estão sendo apurados pela polícia. No entanto, sabe-se que os criminosos não conseguiram colocar a mão em todo o dinheiro devido alguns embaraços processuais.

“Em algumas ações, esses autores conseguiram efetivamente colocar o dinheiro no bolso, isso é, executar, invadir o patrimônio dessas idosas executadas, e em outras tantas tiveram algum embaraço processual que não conseguiram”, explicou.

Até o momento, a polícia está tratando o grupo como uma associação criminosa, todavia, dependendo do que for constatado no decorrer da apuração, é possível que mude para organização.

Neste primeiro momento, todos os envolvidos devem responder pelos mesmos crimes, sendo estes, fraude processual, falsidade documental, furto mediante fraude e associação criminosa.

“Até o momento, pelo que a gente identificou, como são integrantes de uma mesmo grupo criminoso, todos devem responder pelos mesmos crimes. Entretanto, esse cenário pode mudar no decorrer das investigações”, destacou Jorge Fernando Bezerra.

Parte dos envolvidos presos na Operação Dívida Fake foi encaminhada para a Unidade Prisional de Anápolis, enquanto o restante foi levado para Goiânia.

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