Mudança de prédio da Faculdade Anhanguera de Anápolis repercute no comércio da região

Antes da pandemia, o antigo prédio chegou a abrigar mais de 7 mil alunos. Portal 6 apurou que o terreno está sendo vendido por R$ 45 milhões

Samuel Leão Samuel Leão -
Antigo prédio da Faculdade Anhanguera. (Foto: Portal 6/Samuel Leão)

Após mais de 20 anos de funcionamento, a Faculdade Anhanguera precisou cortar gastos e mudou de lugar, transferindo a operação para as mediações do Anashopping. A região onde a instituição estava instalada antes, na Avenida Universitária, passou a enfrentar uma mudança brusca no fluxo de pessoas. Comerciantes locais temem pela guinada negativa, mas também demonstram expectativas para o que pode surgir no antigo prédio.

O Portal 6 esteve no local e conversou com alguns deles, que estão divididos em relação às mudanças. Há estabelecimentos que não sentiram tanto o impacto, como a pamonharia Comer é Prazer.

“Quando abrimos aqui, a Faculdade já estava quase fechando, então não sentimos muito essa mudança”, disse o proprietário Thiago Félix.

O proprietário da RP Cartuchos Express, Henrique Miranda Silva, compartilha da mesma sensação.

“Estamos por aqui há pouco mais de 01 ano, já tínhamos clientes fixos. Não fomos tão afetados. Agora estamos na expectativa de que abra algo novo aí na frente”, disse.

Por outro lado, alguns negócios sentiram o esvaziamento. Para se ter ideia do problema enfrentado, antes da pandemia, a  Faculdade Anhanguera chegou a acomodar mais de 7 mil alunos distribuídos nos três turnos do dia — sem contar o quadro de funcionários, docentes e técnicos.

Segundo o funcionário de uma distribuidora, que prefere não ser identificado, o fechamento da unidade foi muito prejudicial.

“Tanto no turno da manhã quanto da noite, chegamos ao ponto de atrasar alguns salários e passar por dificuldades. Estamos nos adaptando, mas alguns comércios aqui da região até fecharam”, revelou.

A Ilha do Açaí foi outro estabelecimento que sentiu o baque nas vendas. A atendente Andressa Cunha explica que à noite a clientela era grande e nem todos cabiam dentro do estabelecimento. “Agora, já temos fechado até mais cedo porque diminuiu demais a saída.”

Corretores ouvidos pela reportagem afirmam que, atualmente, o terreno está sendo vendido por R$ 45 milhões. Já o aluguel estaria cotado em aproximadamente R$ 80 mil para todas as dependências do prédio.

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