Suspensão de importações de carne preocupa Governo de Goiás; entenda o que está acontecendo

Pecuaristas no estado já estão tomando medidas para conter prejuízos causados pela medida restritiva chinesa

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Venda de carne bovina para a China está suspensa. (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil).

Após a confirmação de um caso do mal da Vaca Louca detectado no Pará, no dia 22 de fevereiro, a exportação de carne brasileira para a China foi suspensa, o que vem preocupando o Governo de Goiás.

Isso porque o estado possui o segundo maior rebanho bovino do país, tendo uma economia dependente da pecuária para o bom funcionamento.

No entanto, o preço do produto no mercado internacional já começou a recuar, preocupando os pecuaristas. Segundo analistas especializados, o valor já teria caído em 9%.

Dessa forma, os empresários do ramo começaram a tomar providências, para conter as perdas. Os frigoríficos da JBS, por exemplo, deram férias coletivas ao funcionários, devido à suspensão da exportação de carne bovina.

Diante desse cenário, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) acompanha com atenção os desdobramentos da medida restritiva aplicada pela China.

Apesar do contexto inquietante para a economia local, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) trouxe uma boa notícia.

Isso porque ela afirmou, nesta sexta-feira (03), que exames realizados em um laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) no Canadá, apontaram que o caso encontrado foi considerado atípico.

Ou seja, o diagnóstico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) – nome técnico do mal da vaca louca – ocorreu por causas naturais, em um único animal que já era considerado idoso, afastando a possibilidade de contaminação. 

A nota do Mapa também destacou que já estão sendo tomadas providências de acordo com os protocolos sanitários, para solucionar o impasse das exportações para a China.

O titular da Agrodefesa, José Essado, disse que tem expectativas de que as negociações com o país asiático sejam retomadas o mais rapidamente possível, para retomar a normalidade nos frigoríficos goianos.

O presidente da Agência também pontuou que a sanidade dos rebanhos de Goiás é motivo de atenção continuada do governo estadual, com ações rigorosas para a manutenção do bom estado dos animais.

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