Goiano realiza o sonho de mudar de nome: “ser quem somos não tem preço”

Samuel Vitor, de 19 anos, conseguiu exercer o direito e comemorou com tatuagem na pele

Samuel Leão Samuel Leão -
Samuel Vitor, de 19 anos, comemorando a alteração do nome. (Foto: Divulgação/DPE)

Após sete anos de identificação transexual, Samuel Vitor, de 19 anos, conquistou o direito de ser chamado como tal através da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) . “Ser quem somos não tem preço”, comemorou nas redes sociais.

Ao se tornar maior de idade, o desejo de oficializar nos documentos a condição que já lhe era natural cresceu. Entretanto, ao ir até o cartório de Trindade, cidade na qual reside, descobriu a cobrança da taxa de R$ 600 para solicitar a alteração.

“Para quem recebe um salário mínimo, como eu, o pagamento desse valor é praticamente impossível”, denunciou o rapaz.

Ele então decidiu protocolar um pedido através da DPE, que atuou com base no Provimento estabelecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que regulamenta a alteração extrajudicial do prenome e do gênero de uma pessoa transgênero nos documentos.

Após conquistar o que é direito, mas que poucos têm conhecimento, Samuel comemorou e tatuou na pele “ser o que somos não tem preço, viver uma mentira nos enlouquece”.

Lembranças de momentos de abusos, sofridos na escola e em outros ambientes, e também a alegria de conquistar o tal sonhado reconhecimento, se misturaram nas lágrimas que rolaram pelo rosto do rapaz, ao sair do Cartório de Registro Civil de Trindade com o novo nome em mãos.

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