Carnes e combustíveis “trocam de lugar” como preocupação para bolso de goianos em 2023

Diferente do ano passado, o alimento ficou mais barato enquanto os produtos para veículos aumentaram de valor

Augusto Araújo Augusto Araújo -
A Diretoria Executiva da Petrobras aprovou, na última segunda-feira (15), sua estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina. (Foto: Rovena Rosa/Ag. Brasil)

A variação no preço das carnes e dos combustíveis é sempre uma questão que gera preocupação para os goianos, que precisam “quebrar a cabeça” para equilibrar as finanças.

No entanto, houve uma mudança de cenário de 2022 para 2023. Isso porque o aumento no custo dos combustíveis tomou o lugar de preocupação que foi dos alimentos no ano anterior.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), os combustíveis tiveram um aumento de 5,80% desde o começo deste ano, enquanto as carnes estão 4,95% mais baratas.

Isso pode ser explicado por alguns fatores. No início de 2023, o Governo Federal suspendeu a Lei Complementar 192/22, que determinava a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o custo dos combustíveis.

Assim, a tributação voltou a ser cobrada, elevando os preços das substâncias novamente. Entretanto, vale destacar que, em relação ao mesmo período de 2022, houve uma queda de 19,84% no valor delas.

Já se tratando das carnes, a variação possui mais fatores determinantes. O primeiro deles foi a suspensão da venda do alimento para a China no final de fevereiro, após uma detecção atípica de um caso de mal da vaca louca no Pará.

Com esse embargo, houve um aumento da disponibilidade do produto alimentício para o mercado interno, reduzindo os preços para os brasileiros.

O segundo fator é a queda no valor das rações para engorda dos animais, que reduziu os custos de produção.

Por fim, o ciclo da quaresma – período em que se reduz a procura por carne no Brasil – colaborou para essa redução da quantia a ser paga.

Vale destacar que, nos últimos 12 meses, o custo médio dos alimentos caiu em 3,37%.

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