Após criança autista não poder se apresentar, escola de Anápolis aciona polícia por medo de ameaças

Diretora da unidade afirma que tudo foi um "mal entendido" e que assunto será debatido entre professores

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Escola Municipal Jahir Ribeiro Guimarães. (Foto: Reprodução/Google)

A Escola Municipal Jahir Ribeiro Guimarães, localizada no Jardim Guanabara, em Anápolis,  acionou a Polícia Militar (PM), nesta segunda-feira (08), para uma intensificação no patrulhamento após a unidade receber ameaças.

Essa é a mesma unidade que virou polêmica ao longo de todo o final de semana depois de vazar o relato de uma mulher, que contou que a filha foi impedida de participar de uma apresentação de Dia das Mães por ser autista.

Em conversa ao Portal 6, a diretora da instituição, Rosana Fernandes Barbaresco, afirmou que, desde o ocorrido de sexta-feira (05), a escola tem recebido diversas intimidações, principalmente por meio de comentários nas redes sociais, despertando uma certa insegurança na profissional.

“A maior parte dessas ameaças vêm de pessoas que nem ao menos tem vínculo com a instituição e são oportunistas”, disse ela.

Segundo a profissional, a situação se tratou, na verdade, de um “mal entendido entre a mãe e a professora” e que a mulher “não compreendeu o que, de fato, a educadora havia dito”.

Na ocasião, conforme noticiado pelo Portal 6, a genitora disse ter escutado de uma das professoras que a menina não poderia participar da participação, pois não aceitava colocar um chapéu e tampouco saberia se comportar.

Ao escutar isso, a mãe retirou a filha do local, retornou a residência e denunciou a situação a um pequeno grupo de amigos nas redes sociais, mas o conteúdo foi printado e vazado para várias pessoas.

Rosana ainda garantiu que a instituição abriga alunos com necessidades especiais e que, todos eles, puderam participar normalmente da apresentação. No entanto, ela afirma que irá se reunir com os professores para debater o assunto.

“Nós vamos nos reunir com os professores, mas nós não estamos entendendo a dimensão. A mãe deve ter se sentido excluída e dolorida e não esperou nem a apresentação acabar”, disse.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) também afirmou que vai apurar o caso durante a semana.

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