Três anos após AVC, morador de Anápolis consegue caminhar para participar de casamento

História de Carlos Antônio é recheada de superação e força de vontade, servindo de exemplo para todos que a conhecem

Caio Henrique Caio Henrique -
Carlos Antônio é natural de Goianápolis e mora em Anápolis por mais de 2 anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Carlos Antônio Cardoso tem 33 anos e, desde o final de 2020, mora em Anápolis. Apesar da pouca idade e do ainda menor tempo de estadia no município, ele tem lições valiosas a ensinar para cada um que vive por aqui.

Em entrevista ao Portal 6, ele contou um pouco da emocionante trajetória de força e superação que vem traçando desde que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico no tronco.

Morador de Goianápolis por toda a vida, Carlos estava retornando do que parecia ser apenas mais um dia de trabalho, em agosto de 2020. Porém, acabou sendo surpreendido por uma dor de cabeça súbita, além de tontura, tremores e formigamentos no braço – sintomas clássicos de AVC.

Ele foi levado às pressas para Anápolis, a fim de avaliar o quadro clínico. Entre idas e vindas para diferentes hospitais, a condição acabou se agravando, culminando em uma parada cardiorrespiratória.

“Fiquei quatro meses internado, 35 dias na UTI. Tive pneumonia, infecção generalizada, febre consecutiva por mais de três meses, precisei fazer hemodiálise, broncoaspiração, usei sonda. Foi um período muito difícil”, detalhou.

Em dezembro do mesmo ano, Carlos recebeu alta para continuar o processo de reabilitação em Anápolis, o que ele se comprometeu em fazer com o máximo de dedicação, independentemente das baixas expectativas que a gravidade do caso providenciava.

“Meu prognóstico era morte ou ficar em estado vegetativo no hospital, mas desde então eu tenho evoluído muito, sempre feliz e com muita força, fé e vontade de melhorar”, afirmou.

Em 2022, dois anos após o diagnóstico, o paciente recebeu um convite especial, que o deu ainda mais motivação para seguir o tratamento e superar os obstáculos.

“Meu primo me chamou para ser padrinho no casamento dele, o que me deixou muito emocionado. A ideia era dar apenas alguns passos na igreja, mas os resultados continuaram aparecendo e nós decidimos sonhar mais alto”, disse ele.

Esse plural representado pelo “nós” na fala de Carlos é referente ao Dr. Filipe Carmo, fisioterapeuta que o acompanha no processo.

Ao Portal 6, Filipe destacou a força de vontade do paciente. “Confesso que as expectativas eram baixas inicialmente, devido a gravidade do quadro dele. Havíamos combinado que seriam apenas uns cinco passos e ele logo sentaria na cadeira de rodas para terminar o percurso.”, disse.

Mas fugindo dos primeiros prognósticos, Carlos conseguiu caminhar por toda a igreja. “É isso que chama atenção de toda equipe que participou da reabilitação do Carlos, a resiliência e determinação. Que a história dele sirva de inspiração, pois diagnóstico não é destino, é ponto de partida”, completou o especialista.

Toda essa missão de estar em condições até o casamento foi gravada e reunida em um inspirador vídeo, publicado nas redes sociais do fisioterapeuta.

 

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Uma publicação compartilhada por Dr. Filipe Carmo | Fisioterapeuta | Anápolis-GO (@dr.filipecarmo)

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