Morre empresária de Anápolis que aguardou dias por UTI em Goiânia

Ela já estava sob cuidados intensivos há quase duas semanas, mas quadro clínico era delicado

Davi Galvão Davi Galvão -
Flávia Gomes de Oliveira
Flávia Gomes de Oliveira. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Atualizada às 16h36

A anapolina Flávia Gomes de Oliveira, de 32 anos, faleceu nesta quarta-feira (28), em Goiânia. A empresária havia ficado nove dias no aguardo de uma vaga para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), na capital.

Ela estava alocada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há quase duas semanas, mas acabou não resistindo.

De acordo com familiares, Flávia havia sido inicialmente internada por apresentar imunidade baixa. Entretanto, apresentou o início quadro de AVC isquêmico – quando há a obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais.

Ao longo da hospitalização, ela foi vítima de um outro AVC, desta vez hemorrágico – no qual há o rompimento de um vaso cerebral -, dificultando ainda mais o quadro clínico dela.

A empresária chegou a ficar nove dias internada na UTI do Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HEANA), até conseguir a vaga na capital.

Leia nota da SES:

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) esclarece que a paciente Flávia Gomes de Oliveira deu entrada no Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Henrique Santillo (Heana) no dia 02/06/23, com quadro complexo e grave, sendo detectado quadro crônico de baixa imunidade.

A investigação com vários exames, feita nos dias subsequentes, constatou lesão hemorrágica e isquêmica, com edema cerebral. Ela permaneceu na UTI do Heana, sendo inserida no Sistema de Regulação Estadual, no dia 07/06/23 para leito em UTI no Hospital de Doenças Tropicais – HDT, pois além do AVC era necessário tratamento para Criptococose Cerebral, doença infecciosa cuja referência estadual é o HDT.

A vaga saiu para o HDT no dia 09/06/23, sendo transferida para a unidade, onde infelizmente veio a óbito devido à extrema gravidade de seu quadro.

Não houve qualquer intercorrência na assistência da paciente que foi devidamente acolhida, assistida, com vários exames realizados até o fechamento de seu diagnóstico, e, mesmo a solicitação da vaga, foi atendida no tempo hábil de cessão e transporte para unidade de referência estadual, local onde também recebeu a devida assistência em UTI, com equipe médica especializada.

A SES-GO reitera que todos os esforços foram mobilizados pelas duas equipes assistenciais, tanto do Heana e HDT, bem como pelo Complexo Regulador Estadual nos esforços de reverter o quadro da paciente.

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