Após aumento da passagem, transporte alternativo por vans e micro-ônibus volta a ser discutido em Anápolis

Audiência realizada na Câmara dos Vereadores avaliou alternativas para driblar os problemas do serviço coletivo

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Após aumento da passagem, transporte alternativo por vans e micro-ônibus volta a ser discutido em Anápolis
Terminal Rodoviário Urbano, em Anápolis. (Foto: Bruno Velasco)

Vans e micro-ônibus voltaram ao debate público após o anúncio da Prefeitura de Anápolis sobre o aumento no valor da passagem de ônibus, que agora custa R$ 5,25 no cartão e R$ 6 no dinheiro.

Por meio de uma audiência pública, realizada na Câmara Municipal na última quinta-feira (30), vereadores discutiram o atual estágio do serviço na cidade.

Além dos parlamentares, marcaram presença na reunião representantes da Urban, defensores do transporte alternativo e líderes comunitários.

Um dos principais assuntos em debate foi o projeto de lei proposto pelo vereador Luzimar Silva (PP), que visa regulamentar o serviço público além do convencional e complementar o transporte com vans e micro-ônibus.

O texto foi publicado em 2019, sob alegação de um eventual colapso da prestadora Urban, e tem voltado a tramitar na casa nos últimos meses.

Audiência foi realizada na Câmara Municipal. (Foto: Lucas Guedes)

Durante a audiência, o líder comunitário Jorge Bezerra não poupou críticas ao transporte coletivo. Em uma das falas mais polêmicas, o homem relembrou a falta de abrigos em diversos pontos de ônibus e o sucatamento da frota.

“O que existe é apenas um poste pintado de preto e amarelo”, disse o anapolino, fazendo referência ao contrato de prestação de serviços com a Urban, que visa a permanência dessas estruturas.

O representante da Urban, Carlos Leão, por sua vez, argumentou que “não existe empresa no país capaz de operar um sistema de transporte coletivo sem subsídio governamental”.

“O sistema é do município, que define as prerrogativas. Em Goiânia, optou-se por congelar a tarifa em R$ 4,30, mas as empresas recebem R$ 10,50. Lá, o governo e as prefeituras da região metropolitana bancam o sistema, bancam a diferença para não repassar o custo para a população”, disse.

O advogado ainda apontou fatores de desequilíbrio nas contas, como o preço do combustível em relação aos quilômetros rodados, e a entrada dos carros de aplicativo no mercado de transporte.

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