Alunas da UEG abrem abaixo assinado para impedir que professor acusado de assédio continue dando aulas

Apesar do número de denúncias só aumentar, docente ainda aparece a frente de ao menos três turmas

Davi Galvão Davi Galvão -
Universidade Estadual de Goiás (UEG)
Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis. (Foto: Arquivo/Secom-GO)

Alunas e ex-discentes da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que acusam o professor Antônio Carlos Severo Menezes por assédio e importunação sexual, estão agora organizando um abaixo assinado para que o docente seja afastado.

Isso porque, apesar do número de casos só aumentar, o profissional ainda aparece à frente de ao menos três turmas, com as aulas sendo retomadas já no dia 07 de agosto.

Ao Portal 6, uma das jovens, que preferiu não ser identificada, comentou um pouco mais sobre a mobilização.

“Mesmo com tudo o que está acontecendo, tem a possibilidade de ele ainda dar aula para a gente já em julho, e a gente não pode aceitar isso”, contou, em desespero.

Até a tarde desta sexta-feira (21), já foram quatro denúncias formalizadas na Polícia Civil (PC) contra o professor e diversas na ouvidoria da instituição.

Em nota enviada à imprensa, a defesa de Antônio Carlos Severo afirmou que as acusações não se baseiam em fatos, e visam apenas “macular a honra do acusado perante a opinião pública”.

“Tão somente em alegações vazias de pessoas que possuem algum rancor contra o acusado, especialmente por não terem sido aprovadas ou terem se sentido prejudicadas nas matérias que cursaram com o professor enquanto eram alunas dele, o que se deu, evidentemente, por pura falta de capacidade delas”, diz.

Em resposta à solicitação do Portal 6, a UEG afirmou que aguarda a resolução da sindicância instaurada para definir os próximos passos.

Leia a nota na íntegra:

Neste mês de julho todo o corpo docente e discente da UEG encontra-se em férias letivas.

A sindicância está tramitando da forma mais correta e célere possível. Caso sejam confirmados os indícios da denúncia de assédio, o rito formal é de abertura de um processo administrativo disciplinar (PAD), no qual há possibilidade de afastamento.

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