Delegado explica o que causou desabamento da rampa do Festival Rap Mix, em Goiânia

Apesar da suspeita de superlotação, excesso de pessoas no local não cooperou para queda do espaço

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Imagem da rampa que desabou durante evento de rap em Goiânia. (Foto: Divulgação/ PC)

O caso sobre o desabamento de uma rampa durante o Festival Rap Mix, em Goiânia, que deixou ao menos 40 pessoas feridas, ganhou um novo episódio nesta quinta-feira (27), após a Polícia Civil (PC) afirmar que o acidente aconteceu devido à montagem inadequada da estrutura.

Apesar da suspeita inicial da corporação, de que a superlotação na área tenha cooperado para a queda, o resultado de um laudo pericial revelou que o excedente de pessoas no local não contribuiu para a ação – uma vez que o espaço foi feito para ser uma possível saída de emergência.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Thiago Martiniano, a montagem da estrutura foi feita de forma precária e não cumpriu com os parâmetros corretos – como a construção da estrutura na vertical e não na horizontal – e incluiu amarrações feitas de arames.

Por isso, conforme Thiago, houve um deslocamento de sobrepeso para determinada área, maior que o previsto.

Segundo o delegado, a estrutura recebeu o aval de dois profissionais ligados às áreas de engenharia e arquitetura e ambos poderão ser responsabilizados pelo acidente.

Assim, a PC irá colher mais depoimentos dos organizadores do evento e demais funcionários a fim de apurar as demais responsabilidades. Até o momento, 60 vítimas foram ouvidas e mais 10 ainda vão prestar depoimento.

Relembre o caso

O desabamento da rampa aconteceu por volta das 23h do dia 09 de julho no Estádio Serra Dourada, localizado no Jardim Goiás.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a maior parte das pessoas atendidas estava com escoriações, mas algumas tiveram ferimentos mais graves como fraturas expostas e até traumatismo crânio encefálico.

Uma das vítimas mais graves do acidente foi a estudante de biologia Giovanna Moreira Salerno, de 20 anos. Durante o ocorrido, a jovem sofreu uma fratura no crânio e precisou passar por uma cirurgia de urgência.

A garota ficou internada durante 16 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiás (HUGO), mas recebeu alta hospitalar na terça-feira (25), e foi transferida para a enfermaria, após apresentar uma melhora no quadro de saúde.

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