O desabafo da mãe que perdeu filho de 1 ano após levá-lo para ser atendido na UPA

Jovem denuncia que o bebê faleceu com suspeita de infecção de ouvido horas depois de dar entrada no local

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Mãe quer Justiça pelo filhoCharles Souza, de 1 ano e 3 meses. (Foto: Arquivo Pessoal)

Carolyne Souza Cares, de 23 anos, não aceitou a trágica forma com que o filho faleceu no dia 09 de maio, poucas horas após ser atendido na UPA Dilson Alberto de Souza, em Trindade, com suspeita de infecção de ouvido.

Porém, a indignação da jovem voltou a crescer recentemente, ao saber que outra criança, desta vez de apenas cinco meses, havia falecido por complicações de uma injeção no mesmo local.

Com isso, as suspeitas de negligência médica imediatamente se intensificaram.

“Quando aconteceu, a primeira coisa que pensei foi que poderia ter levado ele em outro hospital”, disse ao Portal 6. No entanto, ela ressalta que desde o início houve erros por parte dos profissionais.

A mãe afirmou acreditar que o filho, Charles Souza, de 1 ano e 3 meses, faleceu por falta de atenção da médica que o atendeu. A Prefeitura de Trindade nega.

“Se tivessem feito exames na primeira vez que fui para saber como ele estava, poderia ter impedido que chegasse a esse ponto. Eles poderiam ter dado medicamento ou então ele poderia ter ficado em observação”, aponta.

Em julho, Carolyne pediu uma resposta ao Instituto Médico Legal (IML) com o objetivo de entender o que causou a morte.

No entanto, o órgão pediu o prazo de 180 dias após a morte – que se encerrará no dia 05 de novembro. Desde o episódio, a mãe não recebeu notícias da UPA sobre o caso.

“Ontem (09) fez três meses e ninguém falou nada”, ressaltou Carolyne, que decidiu iniciar uma investigação no mesmo dia para responsabilizar a equipe médica, caso a negligência seja comprovada.

Relembre

No dia 08 de maio, por volta das 14h, a mãe levou o filho à UPA Dilson Alberto de Souza com sintomas de vômito, febre e secreção no ouvido. No entanto, ela relata que só foi atendida uma hora depois, enquanto o filho vomitava e chorava na recepção.

Após uma consulta rápida, uma médica afirmou que se tratava de uma infecção de ouvido e prescreveu medicamento para ser ministrado no local. Em seguida, a criança recebeu alta e voltou para casa, momento em que apresentou piora e já retornou à UPA em estado grave.

O menino estava desacordado e com a boca roxa, sendo transferido para outro hospital sem a presença de Carolyne, que recebeu a notícia de que ele havia falecido por complicações da infecção por volta das 02h do dia 09 de maio.

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