Treinador de vôlei preso por abusar de crianças e adolescentes também é investigado por estupro de vulnerável e homofobia

"Ele conquistava a confiança desses adolescentes por ser o técnico do time de vôlei. Uma vez que conquistava a confiança, ele passava a introduzir alguns atos invasivos na vida deles", afirmou o delegado

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Pedro Leandro Castro Pereira dava aulas de vôlei e educação física (Foto: Reprodução)

O treinador de vôlei, Pedro Leandro Castro Pereira Araújo, preso nesta sexta-feira (15) suspeito de ter assediado mais de 18 alunos em Anápolis, está sendo investigado pelos crimes de importunação sexual, submissão de criança ou adolescente a humilhação, pedofilia, estupro de vulnerável e homofobia.

Ao Portal 6, o delegado responsável pelo caso, Jorge Bezerra, revelou que o professor cometia as contravenções dentro e fora das dependências escolares e que embora ele tenha lecionado em diversas instituições, uma em específico foi responsável por dar inícios as investigações.

Segundo ele, a Operação Bravura se deu quando um grupo de alunos procurou a direção do Colégio Couto Magalhães, em Anápolis, para contar sobre as atitudes suspeitas do treinador de vôlei.

Então, a partir do relato de uma vítima, diversas outras se manifestaram e a escola buscou a Polícia Civil (PC).

Durante a investigação, os estudantes contaram que o professor enviava mensagens de teor sexual, beijou uma aluna na boca na frente dos demais, mostrou vídeos pornográficos, fez questionamentos sobre a vida sexual dos alunos e tentou convencê-los a mudar de sexualidade.

“Ele conquistava a confiança desses adolescentes por ser o técnico do time de vôlei. Uma vez que conquistava a confiança, ele passava a introduzir alguns atos invasivos na vida deles”, afirmou o delegado.

Pedro Leandro chegou a mostrar fotos íntimas de um aluno para um outro e nos relatos mais graves, com o pretexto de massagem, ele apalpava a virilha e as nádegas das alunas. Além disso, ao dar uma carona para uma das vítimas, chegou a praticar sexo oral.

O suspeito foi desligado do colégio no dia 31 de agosto e a PC também realizou busca e apreensão na residência dele.

A prisão ocorreu na tarde desta sexta-feira (15) de forma temporária, mas pode ser prorrogada ou convertida em prisão preventiva.

O delegado destaca que a identidade do investigado foi divulgada para que novas crianças e adolescentes que também foram vítimas possam denunciar.

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