Pastora que comandava ‘campos de concentração’ em Anápolis é solta

Junto com o marido, o pastor Klaus Júnior, mulher operava duas clínicas clandestinas no município

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Pastora Suelen Klaus foi presa em Anápolis na noite desta terça-feira (29). (Foto: Reprodução)

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) emitiu uma decisão que concedeu a soltura da pastora Suelen Klaus, suspeita de comandar duas clínicas clandestinas de Anápolis que funcionavam como uma espécie de ‘campos de concentração‘.

Na decisão, emitida na terça-feira (19) pela juíza Lígia Nunes de Paula, a magistrada definiu que a religiosa cumpra a pena em regime domiciliar e utilize tornozeleira eletrônica.

A sentença aconteceu após a defesa de Suelen solicitar à Justiça, no dia 31 de agosto, durante uma audiência de custódia, que a prisão fosse revertida para o regime domiciliar, devido ao estado de saúde da mulher – que, recentemente,  havia passado por uma cirurgia bariátrica.

Em tempo

O caso veio à tona após a Polícia Civil (PC) desarticular duas clínicas clandestinas no município em que cerca de 93 pessoas pagavam até três salários mínimos por tratamentos, mas eram vítimas de diversas irregularidades. Ambos locais eram comandados por Suelen e pelo pastor Angelo Klaus Júnior, marido dela.

Nos ambientes,  os ‘pacientes’ internados – que incluíam desde idosos até dependentes químicos, adolescentes e autistas – eram submetidos a tortura, cárcere privado, agressões, além de passarem fome e serem amarrados como forma de “tratamento”.

Ao todo, cinco pessoas foram presas, entre elas o pastor Klaus Júnior e funcionários que não geriam a clínica, mas auxiliam nos maus-tratos.

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