Mais famílias buscam a Polícia Civil de Anápolis para denunciar treinador de vôlei por abusos contra alunos

Ao Portal 6, delegado revelou que suspeito usava do prestígio no esporte para conquistar a confiança das vítimas

Samuel Leão Samuel Leão -
(Foto: Divulgação/ Polícia Civil)

Duas famílias procuraram a Polícia Civil (PC) para formalizar novas denúncias contra o treinador de vôlei Pedro Leandro, de 34 anos. Ele é apontado como suspeito de diversos crimes sexuais contra alunos.

Em entrevista ao Portal 6 na quarta-feira (20)o delegado Jorge Bezerra, responsável pelo caso, revelou novos desdobramentos das investigações.

“Na terça-feira (19), emitimos uma ordem de missão, que visa identificar casos em outras escolas. Entre os novos relatos, surgiu o de um aluno ao qual ele teria pedido uma foto nua dele”, revelou.

Anteriormente, um registro também já havia sido feito contra ele em 2017, onde uma mãe havia relatado que o professor beijou a filha dela, de 17 anos.

Agora, com os casos recentes descobertos em Anápolis, a expectativa é que mais casos antigos voltem à tona e sejam denunciados.

Boa reputação

De acordo com o delegado, Pedro construiu uma história de sucesso e possuía uma carreira renomada no vôlei, em Goiânia. Por isso, usava do prestígio que possuía para conquistar a confiança das vítimas.

“Ficou nítido, tanto na oitiva das vítimas quanto das testemunhas, que ele era uma pessoa que tentava ganhar a confiança dos adolescente, tratando de assuntos que lhes fossem pertinentes, tentando entrar na vida deles de forma dissimulada para buscar algum proveito”, relatou Jorge Bezerra.

A comunidade do colégio Couto Magalhães ainda teria revelado ao investigador que o docente teria feito uma “revolução” no time de vôlei, que passou a ganhar mais campeonatos e demonstrar maior domínio do esporte.

“Ganhada a confiança, ele relatava casos da vida sexual dele aos adolescentes, tanto situações com homens quanto com mulheres. Se identificava como bissexual, mas dizia para os garotos que ser gay era muito bom e que eles deviam experimentar”, finalizou.

Pedro Leandro segue preso preventivamente, enquanto as investigações avançam e escutam outras testemunhas e vítimas.

Agora, a Polícia Civil possui cerca de 30 dias para finalização do inquérito. Esse prazo, porém, ainda poderá ser prorrogado por mais um mês.

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