Entenda como banco ajudou a polícia desvendar assassinato cometido por garoto de programa em Goiânia

Crime ocorreu em prédio no Setor Oeste e suspeito teria tentado transferir mais de R$ 60 mil

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Garoto de programa é preso suspeito de matar professor universitário, em Goiânia. (Foto: Divulgação/ PC)

O alerta de um banco que levou a Polícia Civil (PC) a prender o garoto de programa, identificado como José Henrique Aguiar Soares, de 22 anos, suspeito de assassinar um arquiteto, em Goiânia, surgiu após a agência bancária notar que o jovem estava segurando a cabeça da vítima para tentar fazer uma validação biométrica.

Ao G1, o delegado responsável pelo caso, Daniel Oliveira, explicou que a primeira tentativa foi feita entre às 0h30 de segunda-feira (25) e 10h45 do dia seguinte, período em que o suspeito tentou transferir R$ 66.050 mil da conta da vítima para a dele via Pix.

No entanto, a ação acabou não dando certo, pois o aplicativo do banco solicitou o reconhecimento facial para a liberação do valor.

Mesmo com o aviso sobre a medida de segurança, o jovem não se intimidou e realizou uma nova tentativa. Dessa vez, ele ergueu a cabeça da vítima, que já estava morta, para tentar validar a biometria.

Contudo, ao receber as fotos, o setor de segurança da agência do banco notou que havia um braço, com tatuagem, atrás da cabeça da vítima, o que aguçou as desconfianças e fez o departamento acionar a PC.

Assim, os policiais verificaram se havia algum registro de óbito no nome da vítima no Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e no Instituto Médico Legal (IML), mas nada foi encontrado.

Em seguida, os agentes se deslocaram até o endereço da arquiteto, que ficava no Setor Oeste, para iniciar um monitoramento nas mediações.

Em torno das 13h45, os policiais flagraram um homem, com tatuagem similar a que foi captada na foto, andando nas proximidades do prédio.

Inicialmente, ao ser questionado pelos policiais, ele mentiu sobre a identidade. No entanto, durante a conversa, foi descoberto o nome verdadeiro dele e que o mesmo já tinha até passagens pelos crimes de furto e estelionato.

Ao subir no apartamento, os agentes encontraram a porta da suíte trancada, sendo necessário arrombá-la. O idoso foi localizado lá dentro e já sem vida.

O corpo estava no banheiro, com um crucifixo na mão e uma corda em volta do pescoço – cena que teria sido forjada pelo autor para simular um suicídio.

Segundo a PC, José Henrique também teria tentado transferir R$ 10 mil, pegado o cartão de crédito da vítima e gasto R$ 3.198,27. Ele ainda tentou passar mais R$ 7.494,00 no crédito, o que foi recusado. O suspeito conseguiu transferir R$ 470 em outro banco.

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