Funcionário é vítima de agressão e racismo em boate de Anápolis: “trem preto, pobre”

Mulher teria começado o ataque após o jovem sinalizar que o estabelecimento estava fechando e que não seria mais possível entrar

Samuel Leão Samuel Leão -
Jovem é denunciada por injúria racial, ameaça e agressão após fazer barraco em um estabelecimento do Jardim Alexandrina. (Foto: Acervo Pessoal)

Uma confusão, iniciada na porta de uma casa noturna, localizada no bairro Jardim Alexandrina, em Anápolis, acabou virando caso de polícia, com denúncia de racismo, ameaça e até mesmo agressão.

Tudo aconteceu durante a madrugada desta sexta-feira (03), após uma mulher – visivelmente embriagada – começar uma série de ataques contra um dos funcionários, por não aceitar o fechamento do estabelecimento e tentar forçar a entrada no mesmo.

Ao Portal 6, a vítima – um jovem de 25 anos – revelou como se desenrolaram os fatos e o nível das ameaças feitas, que foram, inclusive, registradas em vídeo e anexadas à denúncia já formalizada pelo rapaz na Polícia Civil (PC).

“Foi por conta de cinco minutos que ela não podia entrar, aí começou a querer armar barraco porque disse que queria uma água lá dentro. Daí eu fiquei por lá, falando que não poderia liberar mesmo, ela foi racista diversas vezes, até me deu um tapa na cara e começou a me ameaçar, falando que o pai dela era policial”, contou.

Nas imagens, é possível perceber algumas das várias ameaças e ofensas proferidas pela mulher, que só parou ao ser contida por alguns amigos que também estavam no local.

“Nós quer é briga doido, nós mete é bala, tá achando ruim, gato? Por causa de uma água a gente vai ficar, porque esse trem preto não quer dar uma água. Eu tenho dinheiro e eu vou ficar, ainda mais um trem pobre preto desse. Escuta, minha família tem dinheiro, gato, nós pagamos cinco, 10, 15 mil de indenização”, disse ela.

Logo após o acontecimento, o jovem ofendido realizou o exame de corpo de delito, já que a agressão ultrapassou a esfera verbal e resultou também em um hematoma próximo à orelha – bem onde ele sofreu o tapa.

Diante de tudo isso, o rapaz decidiu procurar as autoridades e já registrou a ocorrência, que deverá ser averiguada pelo Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), que tem como titular o delegado Manoel Vanderic.

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