Guilherme, o jovem de Anápolis que teve a vida interrompida por um motorista bêbado

Trabalhador, pai de recém de nascido e filho, ele foi assassinado no trânsito e os responsáveis estão à solta. Desabafo de Vanderic viralizou

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Guilherme morreu no dia 10 de novembro, após caminhão colidir contra moto dele. (Montagem: Reprodução)

O desabafo do delegado Manoel Vanderic, titular da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT), viralizou nas redes sociais, após um relato emocionante ao relembrar a morte de um jovem de apenas 20 anos.

O investigador contou a história de Guilherme de Jesus Cardoso, natural de Anápolis, que foi morto após um acidente de trânsito – no que ele descreveu como assassinato – no último dia 10 de novembro.

Guilherme de Jesus Cardoso morreu aos 20 anos de idade. (Foto: Reprodução/Instagram)

Isso porque ele foi atingido por um caminhão cujo o motorista estava dirigindo embriagado e na contramão, na GO-222. Além disso, ele já teria sido preso três vezes por condução sob efeito de bebidas alcoólicas.

Devido à força do impacto, o jovem teve a morte declarada ainda no local.

“Ele [Guilherme] estava voltando do trabalho, onde honestamente tentava ganhar a vida. Ele também tinha uma esposa e é pai de um menino recém-nascido”, detalhou o delegado.

Vanderic também foi duro ao apontar a responsabilidade daqueles que deveriam estar trabalhando para que incidentes assim não fossem tão corriqueiros.

“São culpados por este crime, também: os delegados que arbitraram fianças baixas e continuam fazendo isso porque acreditam que a embriaguez ao volante é crime menos grave e assim o fazem porque também cometem essa conduta; os juízes e promotores que puniram com garantismo, sem suspenderem seu direito de dirigir; e a sociedade, quase toda, que acredita que ‘polícia tem que prender bandido’ e passam a mão na cabeça destes criminosos, que se tornam vítimas do Estado e voltam a reincidir”.

Condutor de caminhão que acertou Guilherme já havia sido preso três vezes por direção sob efeito de álcool. (Foto: Reprodução)

O titular da DICT também destacou o sofrimento da mãe, Merciene, que já havia perdido a mãe e o irmão, atropelados na mesma rodovia em que Guilherme acabou perdendo a vida.

“Pense bem antes de dirigir antes de beber. Antes de entrar no carro de um delinquente bêbado, antes de ir pagar a fiança do seu filho na delegacia e tratá-lo como coitado. Cidadão de bem não dirige bêbado. Cuidado com os monstros que estão alimentando. Seremos todos vítimas deles”, concluiu o delegado.

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